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Mercedes exibe diferença entre pneus de 2016 e de 2017

Recomeçaram hoje os testes para o desenvolvimento dos pneus que equiparão os Fórmula 1 de 2017 e logo com duas equipas a trabalharem em simultâneo e em circuitos diferentes, mesmo se não muito distantes um dos outro, apenas algumas centenas de quilómetros: a Mercedes estará três dias em Paul Ricard com Pascal Wehrlein; a Ferrari dois em Barcelona, hoje com Kimi Raikkonen, amanhã com Sebastian Vettel.

O objectivo é ajudar a Pirelli a evoluir os pneus muito mais largos que os actuais. Quão mais largos? Há muito que se sabia que os da frente aumentariam em 60 mm (de 245 para 305 mm) e os de trás em 80 mm (de 325 para 405 mm), mas até aqui nunca ninguém o tinha mostrado visualmente de forma tão perceptível como a Mercedes o fez: ao lado dos novos pneus mais largos colocou os actuais que… parecem quase pneus de moto!

Os pneus mais largos para 2015 são «obrigatórios» para que se atinja o objectivo de tornar os Fórmula 1 quatro a cinco segundos mais rápidos por volta! Objectivo ambicioso que será conseguido pelo ligeiro aumento de potência dos motores para os cerca de 1000 cv (já lá andam perto hoje…) mas, acima de tudo, pela maior carga aerodinâmica e pelo aumento da aderência em curva devido aos pneus de maiores dimensões.

A Pirelli pediu ajuda às equipas para adaptarem os seus carros de 2015, de forma a simularem as cargas aerodinâmicas mais elevadas que irão encontrar no próximo ano, de forma a poder testar em condições quase reais os novos e mais largos pneus. Apenas Mercedes, Ferrari e Red Bull responderam à chamada, por um motivo simples: cada uma delas gastará cerca de 1,2 milhões de euros só nessa adaptação do carro!

Sendo que, apesar desse esforço, comprometem-se a não testar rigorosamente nada para o carro de 2017! Não participam nestes testes para experimentar novidades, mas apenas para servirem de «ferramenta» para o que a Pirelli precisar…

Depois dos primeiros testes logo no início de Agosto, em Fiorano (Ferrari em pista artificialmente molhada) e no Mugello (Red Bull, com asfalto seco), agora dupla sessão, com a entrada em cena da Mercedes, com Wehrlein a rodar três dias em Paul Ricard – Hamilton e Rosberg merecem repouso quando lutam de forma emocionante pelo título – e a Ferrari em duas jornadas em Barcelona, sempre a rodar com pneus para piso seco.

De Paul Ricard não saíram quaisquer detalhes do teste em que Wehrlein rodou com um W07 Hybrid modificado, embora mantendo a mesma asa traseira estreita. O que talvez não corresponda ao pedido da Pirelli para que as equipas aumentassem em 10% o apoio aerodinâmico destes carros de testes… De Barcelona soube-se que Raikkonen fez 45 voltas de manhã e 65 à tarde, rodando com o composto médio.

As próximas sessões de testes estarão a cargo da Mercedes, de novo em Paul Ricard mas com a pista artificialmente molhada (21 e 22 de Setembro) e em Barcelona com a pista seca (se não chover…), a 12 e 13 de Outubro. As últimas quatro sessões já serão todas realizadas na pista de Yas Marina, no Abu Dhabi.

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