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Michelin enumera as condições para regressar à Fórmula 1

A ano e meio de terminar o actual contrato de fornecimento de pneus à F1 por parte da Pirelli, a Michelin veio clarificar as condições em que estaria disposta a regressar à disciplina, de onde saiu em 2006. Primeira surpresa: o motivo que a levou a abandonar – a fórmula de um fornecedor único, acabando com a competição entre pneus – já não é problema! Já os regulamentos técnicos da F1 e as rodas de 18 polegadas são alterações julgadas indispensáveis.

Numa longa declaração à revista italiana «Autosprint», o director desportivo da Michelin, Pascal Couasnon, mostrou abertura em candidatar-se ao fornecimento exclusivo de pneus à F1 a partir de 2017: «Estamos abertos a fornecer pneus num regime de monopólio, como fornecedor único». O que, aliás, a Michelin irá fazer no MotoGP, substituindo a Bridgestone.

Couasnon colocou, todavia, várias condições para que a Michelin se volte a interessar pela F1, algumas das quais vão contra o que se passa actualmente: «A F1 tem de mudar os seus regulamentos técnicos e os pneus têm de voltar a ser um objecto de tecnologia e não uma ferramenta para tornar o espectáculo mais ou menos interessante. Queremos passar das rodas de 13 para as de 18 polegadas, como já usamos na Formula E e, em breve, noutros campeonatos. Vamos apresentar as nossas propostas e, a partir daí, é um problema de Ecclestone e da FIA aceitarem-nas ou não».

Aquele responsável diz que à Michelin não lhe agrada um «caderno de encargos» como o que a Pirelli tem vindo a cumprir, fazendo pneus que se degradem rapidamente… como lhe foi pedido. «Não é normal ao fim de poucas voltas ouvir os pilotos a dizer que têm de abrandar para preservar os pneus, isso não deve suceder. Hoje em dia os pilotos de F1 não podem mostrar o seu talento porque os pneus não permitem. Se é para manter as coisas assim, então obrigado mas não estamos interessados».

«Quando se é um fornecedor exclusivo pode não haver motivação para progredir e a isso chamo mediocridade, não tecnologia. A não ser que a regulamentação tecnológica seja suficientemente interessante para estarmos sempre a evoluir os nossos produtos», concluiu Couasnon.

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