G.P. do Mónaco

A última curva do traçado monegasco (e uma das mais delicadas) homenageia Anthony Noghès, o homem que inventou o G.P. do Mónaco, cuja primeira edição data de 1929. Apesar dos mais de 80 anos passados, o circuito continua semelhante ao original, com o acrescento das curvas das piscinas (construídas nos anos 70), alteração na parte final com o gancho de Rascasse e a curva de Noghès, além de outros retoques por questões de segurança. Considerando o nível das restantes pistas do Mundial, esta é claramente uma prova anacrónica para os tempos actuais da F1 mas é, ao mesmo tempo, aquela cuja vitória todos os pilotos querem ter no seu palmarés.

Pista sem espaço a erros, em que qualquer exagero milimétrico pode significar um acidente, é no Mónaco que melhor se admira o virtuosismo dos melhores pilotos que percorrem as ruas do Principado a velocidades inimagináveis. No longo túnel ultrapassam-se os 300 km/h, antes de uma dificílima travagem, pois não só os olhos dos pilotos têm de se readaptar à claridade, como um ressalto na pista desequilibra os carros. Mas é este praticamente o único ponto de ultrapassagem… Nélson Piquet (que nunca aqui ganhou) definia o G.P. do Mónaco como «correr de bicicleta na sala de estar»…