Aprovado em definitivo, depois de vários esboços, o calendário do Mundial de F1 de 2018, há algumas alterações a realçar. Os regressos da Alemanha (depois da ausência deste ano) e, em especial, da França (última prova foi em 2008) são as maiores novidades de um campeonato com 21 corridas e que arranca, como é da tradição, na Austrália, em Melbourne, a 25 de Março. O calendário foi revelado juntamente com um sério aviso aos promotores do G.P. do Brasil, pela falta de segurança em torno da prova de Interlagos…
A primeira mudança respeita logo à segunda prova, com Bahrain e China a trocarem de ordem, passando Xangai a receber a terceira prova, a ver se já consegue proporcionar melhores condições meteorológicas… A quarta prova será o G.P. do Azerbaijão, antecipado relativamente ao lugar das anteriores duas edições (Junho) e para o «slot» que costumava ser da Rússia. Que salta para a fase final do campeonato, entre Singapura e Japão, onde antes estava a Malásia…
Esta movimentação deste autêntico «jogo de xadrez» esteve relacionada com a necessidade de abrir mais datas no Verão para encaixar os regressos do G.P. de França, em Paul Ricard, e do G.P. da Alemanha, em Hockenheim. Mesmo assim, ainda houve as dores de cabeça adicionais de evitar coincidir com a data das 24 Horas de Le Mans e de «fugir» à final do Campeonato do Mundo de futebol… Daí que tenha sido tomada uma medida inédita na história do Mundial de F1: ter três fins-de-semana seguidos de Grandes Prémios, com Áustria, França e Grã-Bretanha todos de enfiada.
Tal como este ano, o Mundial terminará no Abu Dhabi, precisamente oito meses depois de ter começado, respeitando as três semanas de paragem no Verão, outo motivo para a jornada tripla. O calendário ficou assim definido:
| Grande Pémio | Data | |
|---|---|---|
| 1 | Austrália (Melbourne) | 25 de Março |
| 2 | Bahrain (Sakhir) | 8 de Abril |
| 3 | China (Xanghai) | 15 de Abril |
| 4 | Azerbajão (Baku) | 29 de Abril |
| 5 | Espanha (Barcelona) | 13 de Maio |
| 6 | Mónaco (Monte Carlo) | 27 de Maio |
| 7 | Canadá (Montreal) | 10 de Junho |
| 8 | França (Paul Ricard) | 24 de Junho |
| 9 | Áustria (Spielberg) | 1 de Julho |
| 10 | Grã-Bretanha (Silverstone) | 8 de Julho |
| 11 | Alemanha (Hockenheim) | 22 de Julho |
| 12 | Hungria (Budapeste) | 29 de Julho |
| 13 | Bélgica (Spa-Francorchamps) | 26 de Agosto |
| 14 | Itália (Monza) | 2 de Setembro |
| 15 | Singapura (Marina Bay) | 16 de Setembro |
| 16 | Rússia (Sochi) | 30 de Setembro |
| 17 | Japão (Suzuka) | 7 de Outubro |
| 18 | Estados Unidos (Austin) | 21 de Outubro |
| 19 | México (Cidade do México) | 28 de Outubro |
| 20 | Brasil (Interlagos) | 11 de Novembro |
| 21 | Abu Dhabi (Yas Marina) | 25 de Novembro |
Relativamente ao G.P. do Brasil, e depois de na edição deste ano se terem verificado três casos de assalto a elementos de equipas de F1 e da FIA quando abandonavam o circuito de Interlagos, os promotores da prova receberam um sério aviso, com exigências por parte da FIA e da Liberty Media para reforçarem a segurança e contratarem um perito externo que indique as principais alterações a introduzir no esquema que este ano falhou clamorosamente. Entre as exigências está a criação de um pequeno posto de polícia no próprio circuito e a melhoria das comunicações dos serviços de segurança, da polícia e dos responsáveis pela F1.
