A três meses e meio da primeira prova do Mundial de 2018, o G.P. da Austrália, a 25 de Março, a Pirelli já anunciou as escolhas de pneus para as três primeiras provas do ano, a de Melbourne mas também para o Bahrain e para a China. Depois, já se sabe, os pilotos poderão escolher dez jogos dos treze a que terão direito para cada fim-de-semana.
O que salta à vista é que não será em nenhuma destas prova que será estreado o novo pneu rosa, o hipermacio, que a marca italiana terá este ano. Bem como o superduro (laranja), embora esse a Pirelli já tenha assumido que, em princípio, nunca será usado, servindo apenas como uma espécie de «back up» para o caso de algum problema de desgaste excessivo com que a marca não estivesse a contar. Uma mistura «defensiva» por toda a gama de borrachas se ter tornado mais macia.
Assim, para a corrida de abertura do campeonato, a Pirelli seleccionou os pneus ultramacios (púrpura), supermacios (vermelho) e macios (amarelo). Os mesmos que usou na prova deste ano, embora com a diferença de as borrachas do próximo ano serem mais macias e se poderem desgastar mais. Não só pela borracha em si mas também pela evolução dos carros que, no segundo ano destes regulamentos, irão ganhar mais carga aerodinâmica podendo curvar um pouco mais depressa…
Para o Bahrain, prova conhecida pela dureza com que trata os pneus (um dos factores é o calor extremo a que o asfalto se encontra), a Pirelli elevou um grau na dureza, levando os supermacios (vermelho), macios (amarelo) e médios (branco).
Por fim, para a China, a marca italiana fez uma opção que seria interessante que ocorresse mais vezes por tornar mais complexas as opções estratégicas: «saltou» um grau de dureza, tendo escolhido os ultramacios, macios e médios. Esta é uma opção que poderá ser bastante mais interessante em termos de corrida, pois diferença de «performance» e de desgaste entre os ultramacios e os macios será apreciável, ao contrário do que sucede com pneus de dureza muito semelhante.
Esta escolha tão antecipada está relacionada com a urgência de produzir as largas centenas de pneus que serão usados nessas três provas – na fábrica da Turquia – e de providenciar o seu transporte que deverá ser feito por via marítima. Tudo tem de ser feito, por isso, com muito tempo de antecedência.