«Todo o fim-de-semana correu mal, com pouca sorte. Dei um enorme passo… na direcção errada!». O resumo de Nico Rosberg do seu G.P. de Itália não podia estar mais correcto e sucinto… De facto, o alemão chegou a Monza com ganas de atacar Hamilton e mostrou-o no primeiro dia de treinos, em que andou a «morder os calcanhares» do campeão do Mundo. Mas acaba por voltar para casa a 53 pontos do colega de equipa e em dificílima situação para lutar pelo título…
Primeiro foi o problema com o novo motor da Mercedes no terceiro treino livre que privou Rosberg da sua utilização para o resto do fim-de-semana. O alemão referiu, meio titubeante, um problema de chassis como sendo o causador de todos os males, mas a única coisa que se soube ao certo é que houve uma fuga de líquido refrigerante que contaminou o grupo propulsor. Que será recuperável. Mas esse contratempo obrigou-o a montar uma unidade antiga, sem as evoluções, menos potente e, acima de tudo, cansada de cinco Grandes Prémios completos… Os pratos da balança ficaram logo desequilibrados.
Na corrida foi o mais prejudicado pelo «congelamento» de Raikkonen, acabando também por perder lugares para os dois Williams que conseguiu recuperar antecipando a paragem para troca de pneus. Quando se antevia que, mesmo no final, pudesse pressionar Vettel, o motor que já passara quilometragem máxima rebentou mesmo… a duas voltas do fim. «Incrível, quando finalmente estava com os travões em condições para atacar o Vettel! Esta corrida representa a maior perda de toda a época, mesmo quando precisava de recuperar alguns pontos. Mas vou continuar a lutar, desistir não faz parte de mim!».
Rosberg ainda se tentou animar, lembrando-se da filha que completava uma semana de vida. «A única parte positiva é que tenho a coisa mais linda do mundo para tomar conta quando chegar a casa». Mas só amanhã, pois o alemão teve de ficar mais uma noite em Monza por causa de uma acção de relações públicas… Nada correu bem a Rosberg nesta passagem por Itália.