A Pirelli alterou o sistema de controlo da pressão de pneus antes dos Grandes Prémios para tentar frustrar eventuais esquemas que as equipas estivessem a usar para contornar as pressões mínimas impostas. A partir da corrida de hoje, as pressões mínimas obrigatórias são controladas antes de as rodas serem montadas nos carros.
Ou seja, todos os estratagemas de que se falou, nomeadamente de sobreaquecer a área dos travões e cubos da roda para esse calor fazer aumentar artificialmente a pressão dos pneus (como a Mercedes faria), só para passar a medição pelos técnicos da Pirelli, deixa de fazer sentido. O que poderá introduzir um novo factor de maior equilíbrio já na corrida desta tarde!
«É só uma questão de clarificar mais as coisas e de levar com que as equipas não continuem a gastar mais e mais dinheiro», esclareceu Paul Hembery, director desportivo da Pirelli. «Não tornará as corridas nem melhores nem piores, mas deixaremos de ver as equipas a injectar calor nas zonas dos travões…».
O controlo das pressões dos pneus irá, contudo ser mais apertado, pois há-de acabar por haver um sistema de telemetria para que a FIA e a Pirelli consigam controlar, em tempo real, os valores que estão a ser usados pelas equipas a cada momento. «No próximo ano a situação ideal seria ter uma monitorização FIA/Pirelli para sabermos as pressões a todo o momento», adiantou Hembery. «O que não é nada de chocante, é o que temos nos nossos carros do dia-a-dia».