O G.P. de Espanha fez soar os alarmes em Maranello! Nem tanto por os Ferrari não terem lutado pela vitória mas pela enorme desvantagem para os Mercedes e pela análise de um dado muito específico: na qualificação, Vettel perdeu 0,46 s para Rosberg só no terceiro e último sector, contra 0,16 s no primeiro e 0,20 no segundo. Este dado lançou a preocupação na Scuderia.
«Olhando para esse sector, é uma zona da pista que exige, essencialmente, bom poder de tracção e, se não conseguimos resolver esse problema, a diferença poderá via a ser maior, não tanto no Mónaco onde temos afinações especiais, mas acima de tudo no Canadá», resumiu o director Maurizio Arrivabene. «Não quero ir para o Canadá com o mesmo problema ou será um pesadelo, até mesmo que cheguemos ao pódio!».
Daí a importância dos dois dias de testes que estão a decorrer em Barcelona, onde será estudado a fundo o comportamento do carro naquele sector que, costuma dizer-se, dá boas indicações para o que sucederá no Mónaco e Canadá… «Os dados que recolhemos mostravam que as novas soluções são boas, mas a realidade mostrou-nos que não chegam. Temos de perceber se a desvantagem para os Mercedes teve a ver apenas com a pista ou se está mais relacionada com o nosso trabalho».
A Ferrari viu-se bastante mais longe da Mercedes e com os Williams um pouco (mas só pouco…) mais próximos, se compararmos Vettel com Bottas. «Não estou a criticar ninguém, apenas estou a assumir a responsabilidade. Se algo correu mal e fizemos um retrocesso, temos apenas de ser humildes, assumi-lo e tentar corrigi-lo», concluiu Arrivabene.
