Bastou uma derrota para o alarme soar na equipa Mercedes, tocando a reunir. Na sede de Brackley (Inglaterra), pilotos, engenheiros e demais responsáveis pela equipa vão analisar a fundo o que se passou na Malásia, mesmo se todos reconhecem os méritos óbvios da Ferrari. A questão está na forma como todos foram surpreendidos pelo regresso do «cavalino»…
«Não esperávamos tal coisa… É tanto uma surpresa como um sinal para acordarmos…», confessou o director da Mercedes, Toto Wolff. «O ritmo dos Ferrari é inquietante, foram bem mais rápidos que nós em corrida, acho que dificilmente conseguiríamos segui-los em corrida. O que só vem provar que esta época não será propriamente fácil para nós».
Lewis Hamilton também assumiu que Mercedes fora apanhada desprevenida e atribui o avanço da Ferrari a um trabalho genérico, mas com especial incidência na aerodinâmica: «A Ferrari deu um salto enorme e, por muito que se fale da evolução que conseguiram ao nível do motor, em última análise é o chassis e a aerodinâmica que permitem uma tão grande evolução».
O campeão do Mundo confessou-se surpreendido com a velocidade mostrada tanto por Vettel como por Raikkonen na corrida malaia: «Eles fizeram um trabalho fabuloso. Nós não estávamos, eu pelo menos não estava, à espera que fossem tão rápidos. Sabíamos que tinham evoluído mas não sabíamos quanto e na Malásia foram simplesmente demasiado rápidos para nós».
E também Nico Rosberg reconheceu: «A velocidade de Vettel foi surpreendente, nem percebemos o que nos aconteceu… Estarei em Inglaterra, na base da equipa, porque é fundamental que discutamos longamente este Grande Prémio. Acima de tudo, quero compreender porque tivemos tantos problemas com os pneus».
Pat Symonds, director-técnico da Williams, «meteu o nariz» na questão, recordando «fantasmas» antigos da Mercedes: «Em situação de muito calor, os Mercedes têm problemas de degradação dos pneus traseiros. Isso lembra-me os problemas que eles tinham há dois-três anos». Se bem que nos Williams o problema não seja muito diferente…