O Grupo Estratégico da F1 voltou a reunir-se e, desta vez, até conseguiu tomar decisões! Necessitando de unanimidade para alterar regras para este ano ou para o próximo, o grupo que integra, além da FIA e da FOM (detentora dos direitos comerciais), a Mercedes, Ferrari, Red Bull, Williams, McLaren e Force India, conseguiu mesmo alguns avanços no que será a evolução próxima da F1.
O primeiro diz respeito ainda à época em curso: a partir do G.P. da Bélgica os pilotos receberão menos informações dos seus engenheiros via rádio, em especial na preparação da largada que passará a ser controlado exclusivamente pelo piloto. Pretende-se assim – falta ainda esclarecer… o «como» – reduzir aquilo que é considerado como «coaching» dos pilotos e que foi julgado pelo Grupo Estratégico dar má imagem da F1 junto dos fãs.
Para 2016, os motores farão mais barulho e os pneus serão de escolha livre. No primeiro caso, o grupo concordou em alterar os escapes já para o próximo ano, de forma a aumentar o nível de ruído dos V6 híbridos. No segundo, apenas foi anunciado que as formas como os pneus poderão ser escolhidos serão determinadas em conjunto com a Pirelli… que já torcera o nariz à ideia.
As restantes decisões foram, no fundo, a confirmação do que já tinha ficado apalavrado na última reunião daquele grupo. A FIA e a FOM receberam um mandato das equipas para arranjarem formas de reduzir os custos do fornecimento dos motores e de alterarem o complicadíssimo sistema de fichas de desenvolvimento. Mantém-se a ideia de aumentar o débito máximo de gasolina (actualmente em 100 kg/h), para que os motores possam chegar perto dos 1000 cv de potência.
Quanto a 2017, terá sido já debatido um novo regulamento técnico que alterará bastante não só o visual dos F1 mas também a sua competência dinâmica, tornando-os 5 a 6 s mais rápidos. Neste ponto, por se tratar de medidas para 2017, já não é necessária unanimidade. Soube-se muito pouco sobre as alterações debatidas, mas há muito que se fala em carros e pneus traseiros mais largos, novas asas dianteira e traseira e uma revisão do fundo plano, tudo para se conseguir mais apoio aerodinâmico, logo maior aderência.