Controlo mais apertado do comportamento dos pilotos, no que ao cumprimento dos limites das pistas diz respeito, e motores mais ruidosos foram algumas das propostas aprovadas no Conselho Mundial da FIA, além do calendário do Mundial de F1 de 2016 de que já demos conta.
Com os pilotos a «esticarem» os limites das pistas em busca de todas as fracções de segundo, a FIA entendeu por bem vir apertar o controlo, em especial depois do que sucedeu no G.P. da Bélgica, em que as passagens por fora da pista, no topo do Raidillon, foram vistas como a causa do invulgar número de detritos «apanhados» pelos pneus.
A este propósito, o Conselho Mundial emanou o seguinte aviso: «Foram clarificadas as regulamentações desportivas respeitantes aos limites das pistas, especificando que os pilotos ‘devem fazer todos os esforços razoáveis para se manterem, em todos os momentos, dentro dos limites, não podendo ultrapassá-los sem um motivo justificável». E acrescentou que «serão aplicadas penalizações baseadas no facto de o piloto ter ganho alguma vantagem» com essa saída para lá dos limites da pista. No fundo, nada de muito diferente do que sucede actualmente… Apenas se pede mais consistência nas decisões, já que numas provas há penalizações e noutras (como se viu na Bélgica) nada acontece…
Por outro lado, a FIA pretende que as equipas alterem os escapes dos seus carros para 2016, de forma a aumentar o barulho… «Para 2016 todos os carros deverão ter um escape separado para os gases da ‘wastegate’ através do qual apenas os gases da ‘wastegate’ deverão passar. Esta medida é tomada para aumentar o som dos carros e não terá efeitos significativos na potência ou emissões», lê-se no comunicado.
O Conselho Mundial aprovou ainda pequenas alterações (algumas são mais esclarecimentos), no que toca à ordem das penalizações nos casos de troca de caixas ou motores (prioridade à equipa que avisar primeiro da mudança), aos pilotos que obrigam a abortar partidas (terão sempre de largar das «boxes») e à utilização de túneis de vento e sistemas computacionais de estudos de fluídos. Por fim, a partir de 2017 serão proibidas as câmaras montadas em suportes específicos no «nariz» dos carros, como vemos nos Mercedes e nos Ferrari, aproveitados para efeitos aerodinâmicos.