Sebastian Vettel continua a acreditar que a Ferrari poderá ser um adversário à altura dos Mercedes no próximo ano, se continuar a evoluir como o fez em 2015. É verdade que 2016 será um ano mais difícil, já que a pressão sobre a Scuderia será bastante maior do que numa época em que as expectativas eram incomensuravelmente menores…
Mas o alemão acredita: «Queremos ser competitivos contra os Mercedes mas, como é óbvio, não vou entrar em detalhes acerca dos nossos segredos. É um facto que temos de melhorar em muitas áreas, da aerodinâmica ao motor, etc., mas os resultados obtidos esta época mostram que estamos no caminho certo. Portanto só temos de nos focar no nosso trabalho».
Vettel tem usado estes dias de defeso para umas férias de total tranquilidade, com a família e os amigos, na sua casa na Suíça. «A pausa do Inverno acaba por ser curta, já vamos ter dias de testes em Janeiro [teste da Pirelli em Paul Ricard, com os carros de 2015, para desenvolver pneus para pista molhada]. Passamos a vida em hotéis e decidi passar a maior parte do tempo em casa, onde posso repousar e passar a maior parte do tempo com a família e amigos. À medida que vou acumulando anos de F1, o Inverno parece cada vez mais curto…».
E, com o seu tradicional humor, Vettel acrescentou acerca das suas férias: «Não tenho quaisquer planos excitantes, lamento mas terão de ir a outras ‘boxes’, talvez aí os planos de férias soem mais entusiasmantes… Mas fico bastante feliz com os meus planos entediantes!».
Vettel conseguiu que a Ferrari mantivesse Kimi Raikkonen como seu companheiro de equipa para 2016 e até já disse que gostaria que o finlandês se mantivesse em 2017, embora isso seja improvável… Raikkonen, por seu turno, mostra-se também esperançado no contínuo progresso da Scuderia: «Todos sabemos onde queremos estar enquanto Ferrari, queremos ganhar, embora não seja fácil».
«Este ano fizemos um melhor trabalho e temos maiores expectativas para o próximo. Estamos aqui para ganhar corridas e conquistar títulos e é para isso que vamos dar 100%», disse o último campeão do Mundo pela Ferrari (2007). «É ainda cedo para fazer promessas, porque podemos dar o nosso máximo mas não podemos controlar o que os outros vão fazer», disse Raikkonen com o seu proverbial pragmatismo. «Não vale a pena pormo-nos a adivinhar, é trabalhar ao máximo, evoluirmos e esperar pelos testes e pela primeira corrida».
Uma coisa Raikkonen fez questão de salientar na forma como as coisas evoluíram na temporada de 2015 para a Ferrari: «Chegaram novas pessoas e o ambiente na equipa, no geral, foi melhor comparado com o ano anterior. As pessoas pareciam mais felizes».