Pascal Wehrlein vai aparecendo com a alternativa mais credível para o segundo carro da Mercedes, ocupando o lugar deixado vago pelo campeão do Mundo, Nico Rosberg. As histórias, contudo, sucedem-se, muitas vezes em clara contradição…
O diário desportivo espanhol «Marca» conta que, ao contrário do que a Mercedes «vendeu», houve poucos pilotos a contactá-la para se oferecerem para o lugar de Rosberg e foram só pilotos da zona final do pelotão. Conta ainda que, a um deles, alguém do departamento comercial de Brackley terá dado a seguinte resposta: «O lugar é para Wehrlein. É um pedido expresso de Hamilton que vetou a possibilidade de contratação de qualquer piloto de primeira linha».
Histórias, agora, há muitas e esta não «cola» com as explicações avançada pelo responsável máximo da equipa, Toto Wolff: «É como com muitos dos nossos outros funcionários», respondeu à «Sky Sports», depois de interrogado dobre se Hamilton poderia escolher o próximo colega de equipa. «Daremos a conhecer ao Lewis a nossa escolha quando chegarmos à fase em que acharmos que tomámos um boa decisão».
No entanto, Wolff não nega que o tricampeão do Mundo terá um peso indirecto nessa «boa decisão». «Ele é um pilar importante no sucesso da equipa. Quando ele chegou muita coisa mudou e teve um papel importante no nosso sucesso. É, por isso, importante garantir que ele se sinta num bom ambiente. E a dinâmica entre os dois pilotos é um dos factores que deveremos ter em conta no momento de tomarmos a nossa decisão».
Já numa entrevista à revista alemã «Blick», Wolff revelou o que pensara para Wehrlein: «Os nossos planos era coloca-lo na Sauber um ou dois anos para ganhar experiência, até porque irão ter um carro melhor que o de 2016». Mas a retirada de Rosberg baralhou-lhe as contas… «Se o Nico nos tem avisado antes teria sido mais fácil. Assim, teremos de tomar uma decisão rápida e audaz. Neste momento temos três nomes na nossa lista. O que não queremos é transmitir uma sensação de intranquilidade».
Pelos vistos, um dos nomes que escusam de colocar na lista é o de Fernando Alonso. «Para desgraça da Mercedes, o Fernando não está disponível, temos um contrato com ele e ele está bem connosco», garantiu Zak Brown, o novo homem forte da McLaren, que nem falou com o asturiano nos últimos tempos. «Não me parece que haja necessidade. Estamos comprometidos um com o outro para o próximo ano».
Também Flavio Briatore, que continua a gerir a carreira de Alonso, garante que a Mercedes pode… tirar o cavalinho da chuva. «O Fernando não estará num Mercedes em 2017, temos um contrato com a McLaren para 2017 e vamos respeitá-lo». E quando lhe recordam que Alonso também tinha contrato com a Ferrari quando decidiu sair para a McLaren, Biratore elucida: «Na época, tínhamos um acordo de princípio com o presidente Luca di Montezemolo: se o Fernando não conseguisse ser campeão em 2014 era livre de sair. O Luca cumpriu a sua palavra. Na altura, Marco Matticaci, que liderava a Scuderia, ainda nos propôs um contrato de três anos, mas recusámos».