O G.P. do Mónaco foi apenas a terceira prova desde que se iniciou a nova era híbrida da F1, em 2014, em que não houve um Mercedes no pódio, sendo as outras duas Singapura-2015 em que a equipa teve problemas parecidos na gestão dos pneus e Espanha-2016, quando Hamilton e Rosberg colidiram logo na primeira volta. Mas Valtteri Bottas não se mostra muito preocupado, pois não acredita que os Red Bull continuem a andar ao nível dos Mercedes, como fizeram no Principado.
O finlandês está convencido de que foi a característica muito particular do circuito citadino que permitiu que os Red Bull tivessem lutado (e conseguido) por um lugar no pódio. «É uma pista única, tudo se resume a apoio aerodinâmico e tracção, a ter um bom carro nos ressaltos», resumiu Bottas. «No Canadá será muito diferente, são muitas curvas de média velocidade e chicanes».
Não que Bottas não acredite nas capacidades da Red Bull em dar luta aos Mercedes e à Ferrari. «Claro que serão competitivos, mais cedo ou mais tarde. São uma grande equipa e sabem fazer carros rápidos, não os devemos subestimar. Mas acho que terão mais dificuldades no Canadá».
O finlandês rodava na 3.ª posição mas, ao ter de parar para se defender da estratégia empregue pela Red Bull com Verstappen, acabou por ficar também «preso» no tráfego e à mercê do ataque de Ricciardo, perdendo o lugar. «Foi uma desilusão porque era possível ter ido ao pódio, enquanto fiquei atrás do Sainz com os travões a sobreaquecerem o Daniel fazia voltas muito rápidas. Viram aquela oportunidade e aproveitaram-na».
Mas Bottas faz questão de ressalvar que nem tudo foi mau no Mónaco e que todo o desenrolar do fim-de-semana poderia até ter sido bem diferente, recordando que, na qualificação, ficou a apenas 0,045 s da «pole» e a… 0,002 s da primeira linha da grelha! «Foi uma das melhores voltas de qualificação que já fiz! E deixa-me a pensar que, por cinco centésimos, poderia ter sido um domingo totalmente diferente… Mas já passou e podemos ficar o resto do tempo nos ‘ses’…».