James Allison olha para os regulamentos que moldarão a Fórmula 1 do próximo ano com grande optimismo e não tem dúvidas em afirmar: «Os F1 de 2017 não só andarão muito depressa como serão magníficos!». O responsável técnico da Ferrari resume: «Nos últimos dois anos fizemos progressos para nos livrarmos daqueles narizes horríveis que tínhamos nos F1 e vamos prosseguir os esforços para melhorarmos a estética dos carros, com as novas regras».
«Os novos regulamentos são fascinantes para nós, engenheiros. E para quem já teve a sorte de os ver no papel, os próximos F1 serão fabulosos! Estou impaciente por os ver em pista no próximo ano», reforçou Allison que garante também que os monolugares de 2017 (visualmente antecipados pela apresentação da Pirelli, no Mónaco, dos pneus para o próximo ano) serão bastante mais rápidos que os deste ano, «esmagando» os tempos por volta que os carros actuais têm vindo a estabelecer.
Não só pelas alterações aerodinâmicas e pelos pneus mais largos, mas também porque os construtores entendem agora muito melhor as mecânicas híbridas. Como se viu pelas velocidades máximas recorde atingidas no passado fim-de-semana, em Baku. «Os recordes das pistas já datam, em geral, de há alguns anos a esta parte mas começamos agora a aproximar-nos dessas marcas. E na próxima época vamos começar a abatê-las!», comentou Allison.
Como qualquer engenheiro envolvido na Fórmula 1, o responsável técnico da Ferrari fala de forma apaixonada destas unidades motrizes híbridas: «Na verdade são autênticas bestas exóticas e maravilhosas! As únicas coisas que se aproximam da eficiência energética que estamos a conseguir na F1 com estes grupos propulsores, ou são dispositivos académicos que não têm utilidade prática, ou são gigantescos motores Diesel de navios que não passam das 90 rpm e que trabalham sempre na mesma condição!».
E conclui: «Nós conseguimos essa mesma eficiência com um motor de competição que o piloto consegue usar à volta de uma pista, controlar de uma forma extraordinária ao longo de uma curva e, no final, obter um consumo incomparável com algo que se aproxime destas prestações!».