Com a comunicação ao tribunal londrino do cumprimento de todas as formalidades (na sexta-feira) e o pagamento das dívidas fiscais há alguns meses pendentes (hoje), a Renault completou de forma oficial a compra da maioria das acções da Lotus. Confirmando, assim, a sua entrada no Mundial de Fórmula 1 de 2016 como equipa oficial.
É verdade que se tratava de um mero pró-forma, mas o processo tem-se arrastado de tal forma – desde que, em Setembro, a marca francesa assinou uma carta de intenções para avançar com o negócio – que por várias vezes se levantaram dúvidas sobre a sua concretização. Dúvidas que pairaram inclusive no interior da própria Renault, como reconheceu Alain Prost, embaixador da marca e um dos principais «instigadores» desta solução.
«Foi certamente uma decisão difícil», contou o tetracampeão do Mundo que ajudou a convencer o presidente da Renault, Carlos Ghosn, embora não se saiba ainda se desempenhará algum papel na equipa. «Foi um longo processo por tudo o que aconteceu, a relação com a Red Bull e a opção de não queremos continuar apenas como fornecedores de motores. Era preciso tempo para decidir um tão grande empenhamento, mas a partir de agora tudo irá correr de forma mais célere».
Carlos Ghosn fará o anúncio formal do regresso da Renault à F1 como construtor no início de Fevereiro, esclarecendo não só quem serão os dirigentes da escuderia mas até que nome adoptará a equipa, quais serão os seus parceiros e... se serão respeitados os contratos já assinados com os pilotos Pastor Maldonado e Jolyon Palmer para o próximo campeonato.