Sergio Machionne avisara que a Scuderia iria reagir rapidamente aos problemas de controlo de qualidade que, aparentemente, poderão ter frustrado dois grandes resultados nas últimas provas, Malásia e Japão. E, logo na segunda-feira, chegou a Maranello, vinda de Nova Iorque, Maria Mendoza, uma espanhola de 42 anos, licenciada em Física pela universidade de Saragoça e especialista em metais e respectivas estruturas químicas, para liderar o departamento de controlo de qualidade da Scuderia.
Irá trabalhar directamente com o director-técnico, Mattia Binotto, ficando a coordenar o departamento em Maranello e sendo responsável pela verificação tanto dos componentes de fornecedores externos como dos fabricados em «casa». «Estamos a considerar, e já está em marcha, o reforço do nosso departamento de controlo de qualidade», tinha referido Binotto, ainda no Japão, antes de se saber da notícia da nova chefe.
Este é um trabalho que Maria Mendoza conhece bem. Entrou para a Fiat em 2012 e, há não muito tempo, passou a liderar uma equipa de 25 pessoas que controla a qualidade das peças fornecidas para os motores de todo o grupo Fiat Chrysler Automobiles. É verdade que não se trata exactamente do mesmo tipo de motores com o mesmo grau de exigência mas um controlo de qualidade acaba por ser sempre igual, mudando apenas os processos, em função dos objectivos.
Não há que ficar surpreendido por Marchionne ter escolhido uma mulher para dirigir aquele que é, neste momento, um departamento crucial para a continuação da evolução da Scuderia. Afinal, mulheres não faltam em lugares importantes da equipa italiana: Lucia Pennesi é directora comercial e de «maketing» da Gestione Sportiva (departamento de competição) e da F1; Elena Darecchio é especialista em materiais; Federica Cimarosti engenheira aerodinâmica; e Alessandra Cenicola coordenadora do programa de chassis. Maria Mendoza vem, pois, reforçar o contingente feminino da Scuderia.