Agora que a compra da Lotus pela Renault e o regresso da marca francesa à Fórmula 1 como construtor «pleno» são dados adquiridos, começam a colocar-se algumas daquelas questões aparentemente «burocráticas», mas que são sempre do gosto dos fãs: de que cor serão os Renault F1? Que siglas adoptarão as designações dos seus chassis?
Por enquanto, nada de concreto foi adiantado, pelo que só nos resta olhar para a história e para o que se anuncia para o futuro da marca e especular um pouco. Historicamente, sempre que a Renault se assumiu como principal «motor» da escuderia os carros tinham o amarelo como cor dominante, podendo juntar alguns elementos brancos ou pretos, mais tarde também partes vermelhas devido ao apoio da Total.
Houve também épocas em que o azul claro foi dominante, como nos anos em que Alonso foi campeão, mas isso devia-se ao apoio de uma tabaqueira japonesa. E também, na fase final da Renault como equipa, a decoração com vivos laranja do apoio da ING que acabou por se afastar na sequência do escândalo «crashgate», o acidente propositadamente provocado por Piquet Jr. a pedido de Flavio Briatore, para Alonso vencer em Singapura…
O amarelo está, por isso, na «pole position» para ser a cor dominante dos Renault de F1, até por ser a cor identificativa da marca francesa. A não ser que… A Renault prepara o relançamento da Alpine como a sua marca desportiva, já no próximo ano e com o lançamento do primeiro modelo próprio, podendo aproveitar a entrada na Fórmula 1 como veículo promocional de excelência para essa operação. E a cor oficial da Alpine sempre foi o azul forte metalizado, desde os lendários anos 70, quando os Alpine-Renault deram cartas no Mundial de Ralis.
Quanto à designação dos carros – até agora, os Lotus construídos em Enstone têm usado a letra E –, os Renault de F1 começaram por receber as siglas RS e RE, acabando os mais modernos por ser designados apenas por R, seguido do número de ordem do chassis. Em princípio, estas e outras dúvidas serão esclarecidas em Janeiro.