Toto Wolff quer que a sua equipa perceba rapidamente o que se passa com os arranques em que, este ano, têm perdido posições com demasiada frequência. Ainda no domingo, no Canadá, Hamilton ficou quase «parado» na grelha e Rosberg teve uma largada sofrível, sendo ambos batidos pela partida-relâmpago do Ferrari de Sebastian Vettel que saltou de terceiro para a liderança em menos de cem metros!
Hamilton avançou que talvez tivesse sobreaquecido a embraiagem do seu carro, mas o director da Mercedes aborda o assunto por outro prisma: «A verdade é que inventámos regras para tornar as partidas mais imprevisíveis… E, para ser honesto, tivemos alguns óptimos arranques noutras corridas, mas no Canadá não foi o caso. Temos de analisar o que sucedeu, a Ferrari largou muito melhor, temos de o aceitar».
A questão é porque terá isso sucedido, não sendo de facto a primeira vez que acontece este ano. Mas Wolff não entra em grandes detalhes… «Não conseguimos que as coisas funcionassem a 100%. Os primeiros metros da Ferrari foram fabulosos, talvez tenham alguma coisa que nós não conheçamos, teremos de estudar o assunto».
Quanto ao novo «encontro imediato» entre Hamitlon e Rosberg, com um toque que levou o alemão a sair de pista e a cair para 10.º, Wolff procurou ser… diplomático: «Foi uma manobra dura do Lewis que disse que o seu carro fugiu de frente. Mas quem está por dentro é que decide a trajectória… A primeira curva do Canadá é sempre um local difícil, mas tem uma escapatória em asfalto. Se houvesse ali um muro tinham de pensar duas vezes antes de um manobra daquelas».
Porque o fantasma de Barcelona chegou a pairar sobre Montreal… «Na perspectiva da equipa, quando se está na 1.ª linha da grelha e se sai da primeira curva em 2.º e 10.º não é agradável, para dizer o mínimo… Foi um ‘dejá vu’, parece que temos estas discussões após cada corrida. Mas é provavelmente o preço a pagar por deixarmos os nossos pilotos competirem um com o outro – e é o que eles fazem. Desde que não se eliminem como em Barcelona, tudo bem!»