A Fórmula 1 deverá mesmo voltar ao sistema de qualificação usado até ao final da temporada de 2015, depois de Bernie Ecclestone e da FIA terem acedido a um pedido unânime das equipas. Esta foi a única resposta possível à demonstração de unidade (enfim!...) entre as onze escuderias, na forma de uma carta que lhes foi enviada, bem como à CVC (a empresa real detentora dos direitos comerciais da F1), em que mostravam claramente o seu desejo de voltar às qualificações como eram no ano passado.
Nessa posição conjunta assinada por representas das onze escuderias, ficou claro que todas eram contrárias ao sistema de eliminação e que nem queriam ouvir falar na proposta do somatório de tempos de duas voltas! Por fim, algum bom-senso parece reinar na F1, tendo obrigado Ecclestone e Todt a reconsiderarem uma proposta que se tinham recusado sequer a colocar em cima da mesa nas negociações com as equipas.
Foi também uma forma de as equipas «cavalgarem» a onda de inúmeras sondagens feitas entre os fãs da F1 em que a defesa do regresso ao anterior formato era quase esmagadora. Assim sendo, a FIA e Ecclestone não tiveram outra alternativa, dando o braço a torcer, decidindo que não fazia sentido manter um braço-de-ferro que não levaria a lado nenhum, a não ser a uma guerra aberta pelo poder que só danificaria ainda mais a imagem da Fórmula 1.
Assim, a proposta do regresso do antigo formato das qualificações passará agora do Grupo Estratégico da F1 e à Comissão de F1 para que as alterações possam ser ratificadas pelo Conselho Mundial da FIA. O processo parece complexo mas não há razão para não estar completo antes do G.P. da China.
Acrescente-se que, na sua carta, as equipas comprometeram-se, contudo, a estudar eventuais alterações ao formato das qualificações para 2017 e até a pôr novos e radicais sistemas em teste ainda este ano, mas apenas no caso de o Mundial já estar decidido.