Na sua preparação para o G.P. do Canadá, algumas equipas de F1 tiveram uma tarefa adicional… e nada fácil: a adaptação de partes das asas dianteiras de forma a respeitarem a nova directiva emanada pela FIA que continua a tentar controlar a flexibilidade daqueles apêndices aerodinâmicos.
Sendo impossível fazê-los totalmente rígidos, dadas as forças a que estão sujeitos a velocidades muito elevadas, a FIA proíbe também que sejam demasiado flexíveis, de forma a não violar a proibição de apêndices aerodinâmicos móveis. Ou seja, as equipas chegaram a fazer asas que, dando bom apoio aerodinâmico a baixas e médias velocidades, tornavam-se flexíveis nas velocidades mais elevadas, reduzindo a resistência ao ar.
A FIA passou a controlar a flexibilidade da estrutura principal das asas mas, recentemente, imagens captadas por câmaras montadas na frente dos carros mostravam uma flexibilidade exagerada de pequenos elementos, como os ‘flaps’ horizontais ou até os planos verticais.
Daí que a FIA tenha emitido uma directiva que impõe um teste mais rígido às asas dianteiras: sob a aplicação de uma carga de 60 N (cerca de 6,1 kg), aqueles ‘flaps’ não poderão vergar mais de 3 mm. É verdade que aquela até é uma carga mínima, face à suportada pelas asas dianteiras a 300 km/h, velocidade que será ultrapassada no Canadá, mas esta medida vai obrigar as equipas a rever as suas asas dianteiras antes da prova de Montreal. Não se espera, contudo, que esta pequena medida altere de forma visível o actual «status quo» da F1…