Jean Todt, presidente da FIA, reconheceu que a entidade federativa cometeu alguns erros ao fazer as regras para a introdução das novas motorizações híbridas na F1, há um ano, não prevendo limites de custos nem a obrigatoriedade de fornecimento a um número mínimo de equipas. E por causa disso, a FIA está agora de mãos e pés atados, face a diversos problemas…
A Ferrari vetou, há cerca de um mês, a limitação a 12 milhões de euros do preço do fornecimento anual de motores, verba que está, actualmente, ligeiramente acima dos 20 milhões. «O facto de não termos colocado um limite foi, provavelmente, um erro», reconheceu Todt.
«Não significa que essa limitação de custos tivesse sido aceite, pois há seis anos que propusemos alguns limites nos gastos que nunca foram aprovados… É por isso que estamos sempre em busca de novas medidas que possam tornar a Fórmula 1 mais acessível», explicou o presidente da FIA.
Outro dos problemas actuais é a falta de uma regra que obrigue um construtor a fornecer um número mínimo de equipas, apenas estando escrito que um construtor pode equipar um máximo de três escuderias, podendo a partir desse número pedir dispensa à FIA de fornecer mais. «Devia ter ficado expresso nas regras um número mínimo mas não ficou…», lamentou Todt.
O caso mais óbvio é o da Red Bull, oficialmente ainda sem motores para 2016, que viu a sua abordagem à Honda recusada pelo veto da McLaren. Se esse número mínimo estivesse nas regras, a Honda que só fornece uma equipa, teria mesmo de vender os seus motores à Red Bull e o problema já estaria resolvido… «Da forma como a regra está escrita, o construtor não pode fornecer mais que três escuderias, mas não diz qual o mínimo que é obrigado a equipar».