A FIA está a levar muito a sério toda a polémica surgida em torno do rebentamento dos pneus de Rosberg e de Vettel no G.P. da Bélgica mas, embora se diga cooperante com a investigação que a Pirelli está a fazer, foi já avisando que irá apoiar as medidas que a marca italiana achar mais apropriadas. E isso pode até incluir obrigar as equipas a cumprirem, por exemplo, um número máximo de voltas com cada jogo de pneus.
Se, no caso do pneu do Mercedes de Rosberg, a Pirelli mantém que foi um corte que levou ao seu rebentamento, mesmo não tendo encontrado o objecto perfurante, já na unidade do Ferrari de Vettel não conseguiu ainda chegar a uma conclusão. E se não se chegar a uma conclusão óbvia, poderão ter de ser impostos limites à utilização dos pneus, para mais numa pista tão rápida como a de Monza, onde a marca italiana fornecerá as misturas média e dura.
«Trabalhamos em estreia colaboração com a Pirelli e a Ferrari para extrairmos lições do que sucedeu na Bélgica e para introduzir as alterações consideradas necessárias», referiu um porta-voz da FIA. «Mas se houve outras recomendações sugeridas pela Pirelli, obrigaremos as equipas a segui-las à letra». Há cerca de dois anos, a Pirelli propôs que as equipas não fizessem mais de 50% da corrida com a mistura mais dura e 30% com a mais mole, mas as equipas rejeitaram a ideia. Pode ser que venhamos a assistir ao regresso dessa proposta… agora com a força da FIA por trás.