A Federação Internacional do Automóvel (FIA) está claramente preocupada com a eventual redução do pelotão da F1, depois da saída da Caterham e do salvamento «in extremis» da Marussia, agora Manor Marussia. Por isso, anunciou a abertura de candidaturas para preencher mais um lugar nas grelhas de partida do Mundial.
Segundo o comunicado, «tendo em conta a sustentabilidade e futuro sucesso do Mundial de F1, a FIA abriu um novo processo de selecção para identificar uma equipa candidata a participar no campeonato, desde o início de 2016 ou de 2017». E acrescenta que «os interesses a longo prazo do campeonato determinarão qual o candidato a seleccionar».
Para já, quaisquer equipas interessadas em conhecer o «caderno de encargos» terão de manifestar o seu interesse até 30 de Junho, para que uma decisão seja tomada até 30 de Setembro. Os critérios passarão pelas capacidades técnicas e financeiras da equipa, a sua experiência e o valor que poderá trazer à F1. Recorde-se que, em 2016, haverá uma 11.ª equipa, o norte-americano Haas F1 Team.
O «timing» da FIA para esta candidatura levanta algumas questões inesperadas: como é que uma equipa põe de pé um projecto daquela dimensão para apresentar candidatura credível em tão poucos meses? A não ser que já haja alguma em vista… E como avaliar as capacidades técnicas necessárias antes de decidir definitivamente a hipótese do regresso dos «carros-cliente» que, a avançar, reduz enormemente as exigências de projecto das equipas pequenas? De qualquer forma, a FIA deixa aberta a hipótese de nenhuma candidatura ser aprovada, mantendo-se as onze equipas para os próximos anos.