Algo não vai bem, definitivamente, no reino do «cavalino»… Não é só a aparente quebra de forma nestas últimas corridas e a inconstância verificada na velocidade do SF16-H. Agora até as explicações avançadas são… de bradar aos céus!
Kimi Raikkonen teve um G.P. do Mónaco para esquecer, sempre muito longe do que Vettel fazia, acabando por bater logo à 10.ª volta, sozinho, no gancho do Grande Hotel, estragando depois também a corrida de Grosjean (Haas). E o seu chefe de equipa acha natural explicar o mau fim-de-semana do finlandês com o facto de… ele não gostar daquela prova! Quando os gostos pessoais começam a servir de justificação para resultados numa equipa do nível da Ferrari, fica-se a pensar…
«Todos os pilotos que conheço têm um circuito que não apreciam e, no caso do Kimi, é o Mónaco, mesmo se já ganhou aqui uma vez», justificou Maurizio Arrivabene, aludindo à vitória do finlandês em 2005. «Não podemos, portanto, queixar-nos da sua pobre prestação. Temos de aceitar o facto de ser uma pista de que não gosta, sabendo que dará o seu melhor nas corridas que faltam e até ao final da época».
Que cada piloto não goste de determinado circuito, é normal. Mas, ao menos, que se consiga manter em pista na curva mais lenta do Mundial e quando tem um dos carros mais competitivos do pelotão talvez não seja pedir demais, em especial quando se é piloto da Ferrari… Porque, então, as equipas podem passar a ter um «banco de suplentes» que alinham nas pistas de que os titulares não gostam… Ou será que o termo «profissionalismo» não implica, numa fasquia muito baixa, desempenhar a sua função com uma qualidade pelo menos mediana, mesmo em situações desconfortáveis?