A quebra de uma válvula ou a avaria de um injector são as causas apontadas como prováveis para a falha do motor Ferrari que levou Sebastian Vettel a parar o seu carro ainda na volta de formação da grelha, «roubando-nos» aquilo que poderia ter sido um espectacular G.P. do Bahrain…
Esta foi uma primeira e prematura conclusão a que os técnicos da Scuderia chegaram ainda na pista de Sakhir, embora as verdadeiras causas da avaria só possam ser determinadas com exactidão em Maranello, para onde todo o material da equipa está a voar neste momento, desde o Bahrain. Aí se saberá se o motor usado por Vettel terá salvação, podendo voltar a ser usado na China ou se a equipa terá de refazer todas as contas da rotatividade do número de propulsores, ficando com quatro para as 19 provas que ainda falta disputar.
Há quem defenda que os danos internos que podem ser causados por uma válvula partida ou pelas combustões erróneas provocadas por um injector avariado chegam, em motores deste grau de pureza tecnológica, para aconselhar a «esquecer» esta unidade. Há também quem opine que pode dar-se o caso de ser uma questão de substituir elementos secundários e que o «coração» do motor térmico não tenha sido afectado, podendo ser recuperado.
Essa é a análise que os técnicos de Maranello terão e fazer nos próximos oito dias, antes de reenviarem todo o material, de avião, para Xangai, onde se realizará o G.P. da China. Esta foi a primeira vez que Vettel não arrancou para um Grande Prémio tendo alinhado na pré-grelha, além de ser também a primeira vez que se vê atrás de Raikkonen no Mundial de Pilotos.
O alarme soou, contudo, em Maranello – e consta que o presidente Marchionne já terá feito ouvir a sua voz de desagrado… – pelos dois abandonos em duas corridas (Raikkonen na Austrália) por problemas de motor, levantando-se a questão sobre se a Ferrari não terá acelerado demais do lado da «performance» para ir atrás da Mercedes… E antes do G.P. de Espanha não haverá evoluções no motor, nomeadamente a nível do turbo. O problema é que a Scuderia já deu avanço à Mercedes, tanto no Mundial de Pilotos, como no de Construtores onde até tem a Red Bull a apenas três pontos.