A Ferrari alterou a estratégia na evolução do seu motor, já não estreando nos Estados Unidos a nova evolução em que deveria gastar as últimas «fichas» de desenvolvimento. Se, por um lado, tudo indica que os últimos testes em banco de ensaios dessa nova versão ainda não atingiram os resultados esperados, por outro as decisões tomadas na recente reunião entre os construtores de motores e a FIA aconselharam a uma abordagem mais prudente.
Recorde-se que a Ferrari ainda dispõe de quatro «fichas» para desenvolver o seu motor e a evolução esperada para este fim-de-semana, em Austin, contava, entre outras novidades, com um bloco mais estreito que ajudaria muito em termos aerodinâmicos. Novidade pensada já com a época de 2016 em vista. Contudo, tendo ficado decidido que, afinal, continuará a ser possível evoluir os motores ao longo da próxima temporada, inclusive com um aumento das «fichas» de 25 para 32, a Ferrari optou por «travar» a estreia do novo propulsor.
Isso também ajudará Vettel na sua tentativa de se manter na luta, pelo menos, pelo 2.º lugar do Mundial, com Rosberg: a estreia do novo motor implicará sempre uma penalização na grelha, já que se tratará da quinta unidade do ano. Dada a quilometragem dos quatro motores já usados, será impossível fugir do «castigo» até final do ano, mas a Scuderia irá tentar adiá-lo o mais possível, rodando os quatro motores já utilizados, nas várias sessões de treinos e corrida.
A nova versão do motor 059/4 continuará, entretanto, a ser evoluída em banco de ensaios, até porque o passo dado pela opção de um bloco mais estreito (que implicará nova e mais compacta caixa de velocidades) é irreversível: o chassis do próximo ano já foi projectado com os pontos de apoio do motor adaptados a essa versão.