A Ferrari prepara-se para estrear no próximo Grande Prémio, em Austin (Estados Unidos), a última evolução do seu motor deste ano, utilizando as quatro «fichas» de desenvolvimento que lhe restam. Um passo em frente com que a Scuderia começa já a preparar a temporada de 2016, mas que implicará penalização de dez lugares na grelha para o piloto que o usar, já que tanto Vettel como Raikkonen já utilizaram os quatro motores a que tinham direito para toda a temporada.
E falamos em «piloto» porque, sendo certo que Raikkonen usará essa nova versão, a Scuderia estará ainda a pesar os prós e os contras de a entregar a Vettel: com o Mundial de Construtores já perdido para a Mercedes, o piloto alemão ainda tem no campeonato de pilotos hipóteses (mesmo que pouco mais que matemáticas, pois está a 66 pontos de Hamilton) e a penalização de dez lugares na grelha significaria desistir da luta antes do seu termo…
«Estamos a reflectir e anunciaremos a nossa decisão quando chegarmos a Austin», declarou o director da Ferrari, Maurizio Arrivabene. «O ‘Seb’ está no segundo lugar do campeonato, o que muda um pouco a situação… Faremos os nossos cálculos na fábrica e teremos tempo para amadurecer uma decisão», referiu o italiano.
Segundo consta, uma das principais características do novo motor é um bloco mais estreito que permitirá libertar a traseira do carro para grandes ganhos a nível da aerodinâmica. Diz-se também que essa alteração obrigará a uma nova caixa de velocidades. O motor Ferrari está, actualmente, relativamente próximo do Mercedes a nível de potência e as evoluções a introduzir agora são feitas já a pensar mais chassis do próximo ano, aproveitando a Scuderia – a exemplo do que a marca alemã fez com a evolução estreada em Monza – para ir trabalhando nas últimas corridas de 2015 com vista ao próximo Mundial.