O G.P. do Canadá começa a ficar interessante… Além da melhoria óbvia da Red Bull que se aproximou da Mercedes, a Ferrari poderá, enfim, recuperar alguma da desvantagem que tem evidenciado nas últimas corridas! A estreia de um novo turbocompressor, componente que lhe tem provocado as maiores «dores de crescimento», poderá dar aos carros italianos mais alguns décimos em velocidade, recolocando-os na luta,
É sabido que a Scuderia se tem debatido com alguns problemas com os turbocompressores, tendo mesmo de rodar com potência limitada. E com consequências directas no poderia debitado pelo sistema híbrido, já que a prestação do dispositivo MGU-H depende directamente do funcionamento do turbo, pois recupera a energia dos gases de escape, transformando-a em energia eléctrica.
Agora, com este turbocompressor que deverá custar três fichas de desenvolvimento (o que deixará apenas três para o resto do ano…), a equipa espera não só ganhar cavalos no motor térmico, permitindo que os pilotos o usem na potência máxima, como ter mais alguns a partir do sistema MGU-H. E assim recuperar o meio segundo por volta que estimavam estar a perder devido àquele problema.
Mas as melhorias com que a Ferrari irá atacar o G.P. do Canadá não se ficarão por aqui. Por um lado, o SF16-H deverá aparecer em Montreal com novidades ao nível da suspensão. Por outro, a Shell preparou uma nova gasolina e é no campo dos combustíveis que têm sido obtidos ganhos consideráveis em termos de tempos por volta. Pode ser que, assim, tenhamos uma luta a três pela «pole» e pela vitória, num Grande Prémio que, já de si, costuma proporcionar corridas entusiasmantes!