À medida que se aproxima a hora do recomeço das «hostilidades», é natural que haja um maior nervoso miudinho nas equipas que lutam pelas vitórias no Mundial de F1. Na Ferrari não há qualquer problema em assumir essa ansiedade, depois de uma época de 2015 a todos os títulos positiva, a fazer esquecer o catastrófico ano de 2014, o primeiro sem vitórias desde 1993!
«Trabalhamos no duro, estamos muito tensos e quase aterrorizados porque temos medo do futuro. Não, não estamos relaxados», assume Maurizio Arrivabene, director da Scuderia. «Fomos segundos mas temos de nos interrogar permanentemente o que irão fazer aqueles que ficaram em primeiro, especialmente tendo em consideração que dominaram a última temporada».
Não se pense, contudo, que aquele é um sentimento bloqueador. «Este receio positivo é bom porque estimula a vontade e a excitação de fazermos coisas novas», explica Arrivabene que acrescenta: «E há ainda outros rivais como a Red Bull ou a Williams que não podem ser subestimados, poderão ser perigosos. E até a McLaren poderá ser, este ano, um adversário a ter em conta».
Estas palavras de Arrivabene não deverão surpreender já que foi o próprio presidente da marca, Sergio Marchionne a dar o tom, ainda por alturas do Natal, na tradicional conferência de imprensa da Ferrari: «Se tivesse de dar uma dica a mim próprio e aos meus colegas na equipa era que ficassem extremamente receosos dos nossos rivais! Teremos de sofrer muito até Março e trabalhar duramente. Até vermos os Mercedes nos testes não poderemos ter um segundo de tranquilidade».
Já Sebastian Vettel também mostra todo o seu habitual realismo quando olha para o longo campeonato que tem pela frente: «Quem queira fazer frente aos Mercedes tem de dar passos enormes e é o que estamos a tentar fazer. Obviamente que não sei o que se passa do outro lado mas, pelo que sei que está a acontecer em Maranello, a época parece bastante promissora».