Enquanto os pilotos rodavam na pista de Barcelona, alguns chefes de equipa reuniram-se no «paddock» para debaterem a proposta do novo sistema de qualificações e uma coisa é já certa: a Ferrari não a apoia e o seu presidente, Sergio Marchionne, pediu para que a ideia de uma qualificação a eliminar a cada 90 segundos seja repensada.
Marchionne não esteve em Barcelona mas fez ouvir a sua voz desde Genebra, onde esteve na abertura do salão automóvel (na foto, com Maurizio Arrivabene, director da Scuderia, junto do novo Ferrari GTC4 Lusso). «Penso que precisamos de discutir bem este novo formato de qualificação. Temos de ser cuidadosos em não estragar um bom sistema e não estou certo de que a Ferrari possa aceitar as ideias do Bernie [Ecclestone]», referiu o italiano que também lidera o grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA) que, no entanto, não integra a Ferrari.
O novo esquema de qualificação proposto para este ano – e entretanto adiado, pelo menos, até ao G.P. de Espanha, por falta de «software» de controlo adequado – prevê, grosso modo, três fases com eliminações do mais lento a cada 90 segundos. Um sistema que terá sido proposto e aprovado pelas equipas mas que, agora, Sergio Marchionne vem pôr em causa: «Temos de o compreender melhor. Além disso, não acredito que todas as equipas concordem com essa proposta».
Quanto ao que já viu dos testes de pré-temporada, Marchionne disse-se animado com os progressos do SF-16 H, mas não escondeu as preocupações com a boa forma dos Mercedes. «Os resultados dos primeiros testes foram encorajadores. O nosso carro é bom e competitivo e espero vê-lo na linha da frente. Mas não confio nos tempos dos Mercedes… Quando eles estão muito calmos significa que nos devemos preocupar!», disse o italiano… antes de ver os tempos da sessão de hoje.