A forma dominadora como Sebastian Vettel conseguiu o triunfo no G.P. da Hungria surpreendeu todo o pelotão do Mundial de Fórmula 1 e, reconheceu-o agora, até… o próprio director da Ferrari, Maurizio Arrivabene! «É óbvio que não pensávamos ganhar a corrida, talvez tentar lutar por ela», admitiu o italiano. «Para começar, na sexta-feira, primeiro dia de treinos, tudo nos aconteceu… Então, no sábado, a única coisa que disse foi ‘rapazes, vamos com calma, temos de fazer as nossas análises e de recompor as coisas».
O momento na equipa chegou a ser bastante negativo depois dos problemas no primeiro dia de treinos que atrasou toda a preparação e Arrivabene revelou mesmo que James Allison, o director técnico, lhe confidenciou, às tantas, que estava a ser «o pior dia da sua carreira»! «Na sexta-feira estávamos algo desesperados. A cerca altura, o James disse-me: ‘Se tiver de pensar num dia, é este o pior da minha carreira’. Mas lá conseguimos pôr tudo a funcionar de novo, trabalhámos com muita determinação e isto diz-vos tudo sobre a nossa equipa e a forma como trabalha em conjunto».
Apesar da vitória – que marca o objectivo que estabelecera antes do início do Mundial! – Arrivabene mantém a lucidez e afirma que a diferença para a Mercedes não desapareceu numa única corrida. «A Mercedes continua a ser a referência. Por vezes conseguimos apanhá-los e até batê-los, como na Hungria ou na Malásia mas, no geral, eles estão fora do nosso alcance. No início do ano, a diferença entre a Mercedes e a Ferrari era gigantesca, mas conseguimos reduzi-la. Nós prosseguimos o nosso desenvolvimento, mas eles também».
Com a segunda vitória «no bolso», o director da Scuderia espera poder ainda «aborrecer» os Mercedes mais algumas vezes até ao final do ano: «Faltam nove corridas e haverá, certamente, mais alguns Grandes Prémios parecidos com os da Hungria, Malásia ou Espanha. Mesmo a melhor equipa do momento pode ‘ir ao tapete’ e levantar-se de seguida. Mas isso também não quer dizer que as outras façam marcha atrás!».