A Ferrari atravessa uma fase que poderá se crucial para toda a sua temporada e o G.P. da Hungria poderá revelar-se verdadeiramente decisivo! Porque, depois de quatro provas sem vencer – a última vitória foi no Mónaco – e perante a derrota sofrida em Silverstone, a pressão sobre a Scuderia aumentou brutalmente: a mediática mas também a do próprio presidente. E faz parte da longa história da Ferrari, esta insuportável pressão e exigência vindas de fora acabarem por ter as consequências contrárias, com a equipa a «afundar-se»…
Será, pois, crucial, que a equipa mantenha a cabeça fria para poder reagir a uma prova que correu particularmente mal e poder contra-atacar numa pista (Hungria, a 30 de Julho) que, teoricamente, até poderá ajudá-la nessa missão, pelo seu desenho sinuoso e pelo calor que se costuma fazer sentir.
Logo nos dias seguintes à corrida de Silverstone, os «media» italianos não foram nada meigos para a Ferrari e para a forma como tinha deixado fugir pontos preciosos: «A derrota da Ferrari foi a pior desta temporada e regressa a casa preocupada que o G.P. da Grã-Betanha possa ter sido o ponto de viragem da época a favor da Mercedes», escreveu o diário desportivo «La Gazzetta dello Sport». «As últimas três corridas foram difíceis mas agora as preocupações aumentaram muito!»
Como se a pressão mediática não fosse suficiente, Sergio Marchionne, presidente da Ferrari decidiu dirigir-se às «tropas». Com o intuito de as motivar, claro, mas sabe-se o peso institucional das suas palavras e a pressão exta que a sua aparição significa, em termos de exigência imediata de resultados… «Sei que vocês são a mesma equipa desde o G.P. do Mónaco, desde o início da época», declarou Marchionne, ao dirigir-se ao empegados da Scuderia.
«Não nos podemos ir abaixo após este resultado negativo mas, em vez disso, espeo uma reacção imediata da vossa parte! Sempre soubemos que o nosso adversário é muito forte e que dominou a Fórmula 1 nestes últimos anos. Mas estou convencido de que voltaremos onde já estivemos antes!», concluiu Marchionne, fazendo referência às duas vitórias nas três primeiras corridas do ano e à fase em que a Ferrari liderava o Mundial de Construtores.