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Foram 553 dias para Vettel… mostrar o dedo e Arrivabene «explodir» em lágrimas!

Não foi longa a festa de Sebastian Vettel pelo regresso às vitórias com a Ferrari. Após um jejum de 28 corridas e 553 dias – desde o G.P. de Singapura de 2015 –, o alemão celebrou o mais que pôde ainda na pista de Albert Park e, depois, foi para o aeroporto de Melbourne, estando já a voar para a Europa, no mesmo avião em que regressa Felipe Massa.

Foi o regresso do famoso dedo com que Vettel se habituou a celebrar os seus triunfos e o final de um outro jejum ainda maior: há 1625 dias que um piloto da Ferrari não liderava um Mundial de Fórmula 1! Mas, acima de tudo, foi o culminar de um mês de trabalho diferente de tudo o que a Scuderia fizera até aqui: poucas palavras, o director Maurizio Arrivabene sob fogo por isso mesmo, muito trabalho em silêncio para este final de sonho… que pretende ser apenas um começo!

Não foi certamente apenas por emoção que Arrivabene se desfez em lágrimas assim que Vettel cortou a meta… A tensão a que tem estado sujeito tem sido imensa e a esplendorosa vitória da Scuderia na Austrália fê-lo «explodir» naquele momento. Por isso Vettel falava, até antes da alegria que sentia, no «enorme alívio para toda a equipa»!

«Quando lançámos o SF70H dissemos que era o ‘nosso Ferrari’ e esta vitória reflecte todo o esforço e trabalho árduo que foi feito nos últimos meses, em Maranello e na pista», disse Arrivabene, depois de felicitar Vettel quando este passou por si no «pit lane» e do abraço conjunto ao piloto e ao seu engenheiro, Riccardo Adami. «Mas esta foi apenas a primeira corrida, faltam 19 e temos de manter este elevado nível de concentração em todos os Grandes Prémios. A partir de hoje já estamos focados na prova da China!».

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«Hoje foi uma enorme recompensa e um alívio para todos, mas isso que viram é só a ponta do icebergue», lembrou Vettel. «As fundações desta vitória foram lançadas há bastante tempo e é um orgulho ver como estão agora a resultar. Mas esta foi apenas uma corrida!». Interrogado acerca do tipo de trabalho feito este ano pela Scuderia, o alemão respondeu: «Foi simples, não olhámos para a esquerda nem para a direita, para a frente ou para trás, apenas nos focámos no que tínhamos de fazer. E, depois, em todas as equipas se trabalha com enorme paixão, só assim se compreende a inacreditável quantidade de horas que todos dedicam a este trabalho, mas na Ferrari essa paixão sente-se ainda mais! E só de ouvir os rapazes a cantar, a gritar e a rir, já valeu a pena e é isso que me faz querer ainda mais!».

Quando falava das fundações deste sucesso, Sebastian Vettel referia-se especificamente à época de 2016 em que a Scuderia foi alvo de tantas críticas… «Pode não parecer pelos resultados, mas 2016 até foi um bom ano. Às vezes é bom conhecermos os pontos baixos e passar por momentos difíceis, por muito difícil que seja, para o crescimento da equipa. Toda a gente continuou a acreditar e nestes últimos seis meses a calma voltou, fizemos o nosso trabalho e começamos a ter a recompensa. Estamos no topo deste Grande Prémio mas esse é apenas um pequeno feito…».

Serviu, contudo, para Sergio Marchionne, presidente da Ferrari, voltar aos comunicados exultantes, embora mantendo uma mensagem anti eufórica no final: «Já era tempo! Estou feliz pela equipa e pelos nossos ‘tifosi’ que nunca nos abandonam. Há cerca de ano e meio que esperava esta vitória e foi uma emoção voltar a ouvir o hino italiano (…) É um sucesso de toda a equipa, seja na pista ou em Maranello, pois só o trabalho em grupo permite alcançar objectivos importantes (…). Mas agora é fundamental recordar que este não foi um ponto de chegada mas apenas o primeiro passo de um longo caminho que deve manter todos empenhados em melhorar a cada dia». E o próximo teste será já dentro de duas semanas, na China, num autódromo convencional. Continuará a Ferrari a mostrar-se superior à Mercedes como o foi hoje?!

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