O Grupo Estratégico da Fórmula 1 reúne-se amanhã, em Paris, tendo o motor alternativo «low cost» proposto pela FIA como um dos principais pontos da agenda. Mas outros assuntos estarão em discussão, como alterações aerodinâmicas para os regulamentos de 2017 e até a eventual alteração do nome da equipa Manor Marussia.
O tema principal será, obviamente, o do motor de baixo custo que a FIA quer proporcionar às equipas mais pequenas, depois de ter falado a sua tentativa de impor aos construtores um limite de 12 milhões de euros anuais como custo de fornecimentos dos seus grupos propulsores. A Ferrari vetou a proposta, mantendo-se por isso os actuais orçamentos, estimados numa verba superior aos 20 milhões de euros por época…
As reacções à ideia da FIA têm sido díspares, com apoio condicional, por exemplo, dos líderes da Toro Rosso e da Force India, dúvidas por parte da Sauber e recusa total do director desportivo da Mercedes, Toto Wolff. Por uma vez, Jean Todt, presidente da FIA, e Bernie Ecclestone estão do mesmo lado da «barricada», apoiando a ideia de um motor muito mais barato mas com uma «performance» equivalente. Na reunião de amanhã espera-se que os construtores de motor façam forte pressão para que a ideia – que já atraiu candidaturas da Ilmor e da AER – seja posta de parte…
A regulamentação aerodinâmica para 2017 também estará em discussão, constando que entre as diversas ideias a ser debatidas estará uma proposta da Red Bull que quer recuperar o efeito de solo dos «carros-asa» banidos no início dos anos 80…
Outros temas em cima da mesa são a autorização para a troca de designação da Manor Marussia – já não faz sentido manter o nome do construtor russo que nada tem a ver com a equipa – bem como os testes de pneus pedidos pela Pirelli para o decurso da época de 2016, de forma a desenvolver os novos pneus, mais largos, para 2017. Qualquer proposta que saia desta reunião terá de ser colocada ao Conselho Mundial da FIA.