Aos poucos, a entrada do Formula One Group para a liderança dos destinos da Fórmula 1 começam a agitar as águas, mesmo que sem mudanças concretas. Que essas, segundo o CEO da Liberty Media, Greg Maffei, ainda vão demorar: «Há enormes oportunidades a longo prazo, embora a curto prazo as hipóteses de expansão e mudança sejam pequenas», declarou.
Já nestes últimos testes em Barcelona se assistiu a uma liberalização dos direitos de pilotos e equipas publicarem vídeos, ainda que curtos, nas redes sociais, algo que estava totalmente proibido na «era-Ecclestone». Um primeiro sinal de que, este ano, as redes sociais irão… «bombar» muito mais informação ao longo do Mundial, algo crucial para chegar a mais público e, em especial, mais jovem.
Recentemente, também Ross Brawn lançou a ideia de, uma vez por ano, fazer um Grande Prémio extracampeonato. Ou seja, uma prova que tivesse apenas atraentes prémios monetários mas que não pontuasse para o Mundial. Para quê? Nessa prova poderiam ser experimentados novos formatos para os fins-de-semana de Grande Prémio, percebendo-se na prática se se poderá alterar o formato actual dos três dias, com treinos livres na sexta, qualificação ao sábado e corrida ao domingo.
A tudo isto o tricampeão do Mundo, Lewis Hamilton, aplaude e incentiva a que se avance: «Não me parece nada má ideia, acho que se impõe experimentarmos um novo formato e a única forma de termos a certeza se funciona é experimentá-lo na realidade. Os contratos dos Grandes Prémios actuais não nos permitem fazê-lo, mas numa prova à parte poderíamos experimentar qualquer coisa».
Hamilton mostra-se confiante que os novos patrões da F1 tragam, de facto, novas ideias e uma outra dinâmica à disciplina: «O desporto tem de se reaproximar dos fãs. O potencial da Fórmula 1 é enorme à escala global, mas não é totalmente explorado, ainda há tanto a explorar! Talvez não consigamos ser tão populares como o futebol, mas poderemos aproximar-nos».
Ambicioso, sem dúvida, o piloto da Mercedes, mas Greg Maffei, da Liberty, já detectou várias áreas onde a F1 pode avançar muito: «No longo prazo, o desafio é maior do que pensávamos, mas as oportunidades que se nos apresentam são também muito maiores do que calculávamos! A curto prazo há enormes oportunidades em áreas como nos patrocínios. A mais longo termos vão aparecer grandes oportunidades à volta dos produtos digitais, dos jogos incluindo a realidade virtual, nas transmissões televisivas e provavelmente na criação de um grande espectáculo em torno de todo um Grande Prémio».