«É uma injustiça, ninguém gosta de mim…», chorava o mítico Kalimero, personagem dos desenhos animados dos anos 70-80. Lewis Hamilton nem seria ainda nascido quando essa série foi famosa, mas parece sentir-se como o pobre pintainho de casca de ovo na cabeça…
Primeiro por não ter ficado nos três primeiros lugares dos pilotos de F1 mais populares numa sondagem entre os fãs em que a maior parte dos votos veio… da Grã-Bretanha. Depois por lhe terem barrado a entrada na final do torneio de ténis de Wimbledon, para que fora convidado, por não cumprir… o «dresscode» que implica fato e gravata, entre outras coisas! A organização do torneio já referiu que o irá convidar no próximo ano mas a verdade é que, neste, Hamilton perdeu mais um fantástico embate entre Djokovic e Federer…
Hamilton declara que é um incompreendido e que não quer saber do que os outros acham dele, não pretendendo mudar a sua forma de estar. «Eu sou como sou, é pegar ou largar», comentou o britânico, naturalmente magoado (embora sem o referir) por os seus compatriotas o terem preterido a Kimi Raikkonen e… a Jenson Button.
«As pessoas não me conseguem compreender e há muitos fãs que fazem comparações. O Clark fazia assim, o Hunt fazia assado… Mas esta é a minha época e é assim que eu vivo! É tão estranho que as pessoas queiram que façamos as coisas da mesma forma que se faziam no passado. É assim que um piloto de F1 se deve comportar, é a isto que um piloto de F1 se deve parecer… Isso faz-me rir!».
O piloto britânico, inegavelmente com um estilo muito próprio, tanto na forma de estar como na maneira como se entrega à música e à moda, é muito claro: «Não sonho sequer no que os outros pilotos podem pensar de mim. Eu falo na pista, esperando que, com o decorrer do tempo, os meus resultados me façam ganhar o seu respeito». Nesse aspecto, Hamilton já não terá com que se preocupar…