«Não espero mais que um combate leal!». Lewis Hamilton está consciente de que as suas possibilidades para «arrancar» o título mundial de Fórmula 1 deste ano não são as melhores –mesmo que vença Rosberg tem apenas de ser 3.º –, mas vai para o G.P. do Abu Dhabi cheio de confiança. Em si e no seu colega de equipa!
«O que quero dizer com aquelas palavras é que, quando olhamos para o que já sucedeu, no passado, na última e decisiva corrida e nos lembramos das manobras feitas por alguns pilotos… Penso que o Nico não faz parte desses pilotos. Penso que ele é bem melhor que isso e que não é coisa que lhe passe sequer pela cabeça!». Hamilton afasta, assim, a hipótese de Rosberg jogar menos limpo, já que um duplo abandono atribuiria automaticamente o título ao alemão.
Com 12 pontos a separá-los, é a segunda vez que os pilotos da Mercedes chegam à última corrida do ano a discutir o título, mas desta feita a «guerra» está ainda mais aberta, até pela eventual influência externa dos Red Bull em subida de forma e até de uns Ferrari que se poderão mostrar mais à vontade no circuito de Yas Marina. «É fantástico estar na luta com o Lewis pelo terceiro ano consecutivo», diz Rosberg que tem o seu currículo imaculado em termos de mau comportamento em pista. Garantia, pois, de uma luta limpa pelo ceptro de campeão do Mundo!
«Não foi uma época perfeita e estou perante uma situação quase impossível, independentemente do que faça este fim-de-semana», reconhece Hamilton. «Mas não posso e não vou desistir! Nunca se sabe o que pode acontecer, por muito impossível que possa parecer». E o britânico bem o sabe, depois do fel que tragou na Malásia…
Há um ponto em que Rosberg e Hamilton parecem «cantar em coro»: «Vou dar tudo o que puder para terminar a época com uma vitória, depois de uma semana bem relaxada, com a família e os amigos», diz o alemão. «Vou abordar este fim-de-semana como todos os outros, quero ganhar e terminar a época em alta», responde o britânico.
Numa fase em que a relação entre os dois parece, finalmente, muito mais pacífica, distendida e, principalmente, amadurecida, temos tudo para que, no domingo, o Mundial de Fórmula 1 termine numa grande festa desportiva, com enorme dose de «fair-play». Porque, se todos colocarmos a «clubite» de lado, a verdade é que tanto Rosberg como Hamilton merecem ser campeões do Mundo!