Poderá estar Lewis Hamilton a pensar… imitar Nico Rosberg no final desta temporada, abandonando a Fórmula 1?! A questão caiu como… «meia bomba», com algumas declarações algo enigmáticas do piloto britânico publicadas numa entrevista à revista «Auto», a publicação oficial da própria Federação Internacional do Automóvel. Sem o dizer explicitamente, Hamilton deixou no ar algumas dúvidas que podem até não passar de uma simples reflexão inconsequente.
«O meu destino está nas minhas mãos. Até posso decidir retirar-me no final deste ano. Significaria isso que o meu legado seria menor do que se me retirar apenas daqui a cinco anos? Quem o poderá dizer?...», comentou o piloto da Mercedes, em declarações logo interpretadas como estando a dar a entender que vê a presente temporada como a última em que poderia lutar pelo título mundial.
«Não gosto de fazer planos porque não sei o que me espera ao virar da esquina, não sei o que irei fazer», disse o tricampeão do Mundo que, ao que se sabe, tem contrato com a Mercedes até final de 2018. Mas também Rosberg tinha… Se a saída inesperada do ainda campeão do Mundo em título provocou a tremenda agitação no defeso, imagine-se o que sucederia caso Hamilton decidisse desistir da F1!
Uma coisa o britânico tem como certo: «No dia em que abandonar gostaria de ser recordado como um piloto duro mas justo e honesto. No fundo, ser lembrado da mesma forma que hoje se recorda Ayrton Senna, esse sempre foi o meu objectivo, assemelhar-me ao Ayrton. Se me aplicar da mesma forma que sempre me apliquei na vida e na minha carreira de piloto, sinto que poderei atingir grandes coisas», disse na entrevista à «Auto».
Quanto à época em curso, o piloto da Mercedes dá as boas-vindas à Ferrari e diz estar a adorar a luta que está a travar com Sebastian Vettel: «Este ano está a ser mais divertido pela concorrência. O carro é tão bom como no ano passado, a diferença é que agora temos concorrência à altura. Entre os cinco primeiros da qualificação há apenas umas décimas de diferença e, isso sim, são corridas de verdade! Cada milímetro, cada metro na travagem faz a diferença».
Mas há outro «detalhe» que está a tornar esta época mais agradável para Lewis Hamilton: «É mais fácil lutar contra outra equipa, é uma mudança total de mentalidade. Quando a concorrência está dentro da equipa a tensão fica cada vez maior. Na verdade, uma equipa não está feita para isso… Agora que temos de lutar com outra equipa estamos mais unidos, o que nos torna mais poderosos».