Lewis Hamilton não pôde deixar de sorrir e de fazer algum humor quando lhe falaram no pedido de Christian Horner, da Red Bull, para que a FIA fizesse alguma coisa para diminuir a distância entre a Mercedes e as restantes equipas. «Acho particularmente engraçado que essa opinião venha de quem teve tanto sucesso nos últimos anos», comentou o campeão do Mundo e vencedor da corrida de abertura deste Mundial.
«Atendendo a que ainda só se disputou uma corrida, começar já com comentários desses só pode dar vontade de rir. Para mim foi um grande passo vir para esta equipa que, durante alguns anos, teve resultados menos bons, mas que nunca se queixou dessa forma», referiu Hamilton. «Nessas épocas, eles nunca tiveram o sucesso de outras equipas mas nem uma vez se lamentaram dos outros, tentando igualar as coisas, limitaram-se a trabalhar! Agora que vim para cá e fizemos enormes progressos, passámos a ser a melhor equipa, mas foi um enorme esforço conjunto e um trabalho incrível!».
«E não somos só nós, na pista. Há um milhar de pessoas nas duas fábricas que trabalham dia e noite para construir o melhor carro e conseguimo-lo com as mesmas regras e meios de que as outras equipas dispõem. E isso deixa-me muito orgulhoso», concluiu Hamilton.
Polémicas à parte, o campeão do Mundo reconhece que se divertiria muito mais se houvesse maior equilíbrio na luta pela vitória. «Adoro competir, desde os tempos do karting que gosto de correr ‘roda com roda’. Gosto de ir para uma corrida sem saber com quem terei de lutar e o que terei de fazer para ser mais rápido e mais esperto. Quando não há esse desafio perde-se muito do gozo…». Mas Hamilton sabe que não está sozinho: «A parte boa é que tenho o Nico mesmo nos ‘calcanhares’, o que mantém o prazer da competição. Se ganhasse sozinho com 30 s de avanço é que não daria grande gozo».