Lewis Hamilton apareceu em Barcelona de «baterias recarregadas» depois de umas curtas férias pelos «States». E não só disse estar na fase mais feliz da sua vida, como revelou que os sucessos deste ano – três vitórias e um segundo lugar em quatro corridas – têm explicação na forma inovadora como tem abordado diversos aspectos.
«Após a última corrida pensei ‘uau, têm sido umas semanas fantásticas!». Quando se tem um ano como o ano passado não é fácil repeti-lo ou fazer melhor. Até agora, acho que tem sido melhor!», referiu o campeão do Mundo, embora ressalvando: «Mas não temos, de maneira nenhuma, o campeonato na mão, ainda há muita época pela frente e sabemos que os outros estão a trabalhar bem para reduzir a distância».
Sem abrir muito o jogo, Hamilton revelou o que tem feito desta época um ano diferente: «Tenho feito algumas coisas diferentes, tanto eu na pista como no trabalho com os meus engenheiros. Normalmente, chegamos às pistas e fazemos sempre as mesmas coisas, mas este ano temos tentado ser inovadores com as afinações, experimentando novas coisas e novas abordagens às técnicas que utilizo ao volante, seja a travar, acelerar, aproveitar o motor nas travagens, uma série de coisas. Tenho tentado fazer algumas coisas novas, umas têm funcionado, outras não».
«Quando se guia contra outros pilotos é tentar não usar exactamente as mesmas linhas, no fundo é encontrar formas divertidas e excitantes de curvas ou atacar outro piloto, que é uma coisa que adoro. Talvez seja por essa abordagem que gosto mais hoje deste desporto do que nunca!».
Com a evolução da sua vida, tanto a nível privado como até pelo facto de ter deixado de ter «manager» e ser ele a tratar dos seus próprios negócios, Hamilton diz-se «na fase mais feliz de há muito, muito tempo». Por exemplo, antes de chegar a Barcelona, o campeão do Mundo esteve uns dias pelos Estados Unidos, visitando o Grand Canyon, Nova Iorque e Las Vegas, onde assistiu ao apelidado combate de boxe do século, entre Mayweather e Pacquiao. «É bom quando podemos fazer o que queremos sabendo que isso não nos vai distrair quando chegar a altura de sermos competitivos. Aí, ninguém te pode dizer nada e mesmo que o digam não fará qualquer diferença».
E resumiu: «Sou eu que tomo as minhas decisões e tenho muito cuidado em fazer escolhas que não comprometam a preparação das corridas e o meu desejo de voltar a ser campeão do Mundo. No carro e na minha idade, nunca me senti tão bem!».