É desta?! Lewis Hamilton tem tudo a seu favor para garantir, este domingo, a conquista do quarto título mundial de Fórmula 1, bastando-lhe um 5.º lugar no G.P. do México, mesmo no caso de Sebastian Vettel levar o Ferrari à vitória. Será o coroar de um ano mas, em especial, de uns meses a seguir à pausa de Verão em que o britânico esteve verdadeiramente arrasador, na forma como dominou quando tinha um carro superior e como não perdoou cada deslize dos seus adversários.
Este ano tivemos um Hamilton claramente mais maduro, mais seguro de si, mas a guiar melhor que nunca (11 «poles» em 17 corridas é esclarecedor), ascendendo a um patamar acima dos restantes. E até com um discurso mais franco e aberto, numa evolução geral que o próprio Hamilton atribui a três grandes factores: uma longa conversa com Toto Wolff no final da época passada, a ausência de Nico Rosberg e, desde Singapura, a mudança da sua alimentação, tendo-se tornado vegan!
«Ter-me encontrado com o Toto no final do ano passado foi crucial para solidificar a minha longevidade nesta equipa. Pusemos tudo em cima da mesa e dissemos tudo o que devia se dito. E foi a partir daí que pudemos criar um novo e mais forte relacionamento», contou Hamilton, confirmando as palavras de Wolff, há uns meses, quando lhe perguntavam se não era difícil para uma equipa que representa uma companhia como a Mercedes gerir uma personalidade tão polémica como Hamilton: «Cria-me alguns cabelos brancos mas, quando chegamos à pista, é o piloto que queremos ter no nosso carro!».
Hamilton contou também que fez enormes progressos a nível pessoal: «Sinto-me melhor que nunca, física e mentalmente. Durante todo o ano senti-me mentalmente forte mas, fisicamente, dei um grande salto com a decisão de alterar a minha dieta», revelou. «A melhor decisão que tomei na minha carreira foi vi para esta equipa e a segunda melhor foi mudar a minha alimentação, em Singapura. Já antes estava a guiar bastante bem mas, de repente, senti-me a entrar naquela zona de potencial máximo e é uma sensação fantástica».
O muito provável novo tetracampeão do Mundo não se refugia quando lhe falam nas diferenças de ambiente dento da equipa, depois da partida de Rosberg… «As pessoas dentro da equipa podem dizer como era a dinâmica e eu posso garantir que no ano passado não foi nada boa… Mas este ano, depois daquela conversa com o Toto e de trabalhar a minha relação com todos os elementos da equipa, tenho uma ligação com todos que é mais forte que nunca. O tempo que passo com os engenheiros na fábrica é o melho de sempre».
«Também é importante o facto de estarmos a lutar com outra equipa porque faz com o que o foco seja diferente. Quando há dois pilotos muito fortes na equipa, como tínhamos, a luta é dentro da equipa e é como um furacão dentro da sala que suga toda a energia. Enquanto agora toda a dinâmica é muito mais positiva e alegre», explicou Hamilton que respondeu claramente quando lhe foi perguntado se esta dinâmica de que fala poderia ter sido criada tivesse Rosberg continuado na equipa: «Não».