A polémica estalou pouco após o G.P. do México, com umas declarações, no mínimo, inesperadas por parte de Lewis Hamilton quando, a propósito de uma pergunta sobre a carreira de Michael Schumacher – que continua a lutar por uma recuperação que se antevê penosa –, respondeu: «Nunca fiz o que o Michael fez para conquistar títulos, apenas contei com o meu talento para ganhar os meus».
Declarações até pouco elegantes, em especial por se saber do estado de saúde em que se encontra o heptacampeão alemão de F1 e que os vários clubes de fãs de Schumacher não lhe perdoaram, com o de Kerpen, terra-natal do ex-piloto germânico, a aconselhar Hamilton a «ligar o cérebro antes de falar»!
Caindo, por fim, em si, o tricampeão do Mundo tentou agora limpar um pouco a imagem, embora atirando as culpas para cima da imprensa, quando a sua frase ficou bem gravada num vídeo… Escreveu, então, o actual piloto da Mercedes: «A todos os fãs de Michael Schumacher, quero que saibam a que ponto também eu sou fã do Michael e o admiro. Cresci a vê-lo da televisão, desde os seus primeiros dias até ao seu sétimo título».
E prosseguiu: «Ele foi e continua a ser o maior piloto de todos os tempos e eu fico feliz e reconhecido por ter passado algum tempo com ele. Ele sempre foi de uma enorme simpatia comigo. No dia da sua última corrida, consegui encontrar coragem para ir ter com ele e pedir-lhe se me dava a honra de trocarmos de capacetes, o que ele fez».
E Hamilton concluiu… sacudindo (e mal!) a responsabilidade de declarações que foram de facto suas: «Portanto, por favor, não acreditem em tudo o que lêem. Nunca lhe quis faltar ao respeito nem à sua família. São pessoas pelas quais tenho a maior estima. Continuo a rezar por ele e a desejar a sua reabilitação. Os meus melhores votos para ti, Michael».