Lewis Hamilton vai poder escolher se vai antes ou depois do colega de equipa, Nico Rosberg, para a pista na última e decisiva parte da qualificação. O privilégio dessa escolha tem alternado entre os dois que, no início da época, em Melbourne, atiraram moeda ao ar para ver quem começava. E foi Rosberg.
Este pode parecer um episódio de somenos importância mas basta recordar-nos do que se passou há um ano para perceber como pode ser crucial. Na altura, Rosberg tinha o melhor tempo e, na segunda tentativa, despistou-se, provocando uma situação de bandeiras amarelas que impediu os restantes pilotos de melhorarem os seus tempos. Nomeadamente Hamilton que procurava a «pole» que, no Mónaco, é decisiva: 10 das últimas 11 vitórias!
Na altura ficou a pairar a dúvida se Rosberg teria feito de propósito e foi aí que a relação entre os dois pilotos da Mercedes abanou pela primeira vez. O alemão jurou que não e os comissários, consultando a telemetria, não encontraram nada que demonstrasse acção deliberada. Mas Hamilton nunca ficou totalmente convencido…
Este ano, contudo, mesmo partindo do princípio que Rosberg teria feito de propósito (o que é errado pois nunca nada foi provado), Hamilton poderá estar a salvo de quaisquer manobras ou até de eventuais bandeiras amarelas que apareçam por causa de outros carros.
Nem sempre ser o primeiro a ir para a pista é vantajoso, daí o piloto «privilegiado» em cada corrida poder até decidir ser segundo. Por exemplo, se for clara a evolução da pista, nomeadamente em situações que, depois de um aguaceiro, o asfalto está a secar progressivamente. No Mónaco, este ano, caberá a Hamilton gerir essa situação e Rosberg terá de ir para a pista quando lhe disserem… No Canadá será ao contrário.