Lewis Hamilton poderá reutilizar o motor que falhou na qualificação para o G.P. da China, atirando-o para o final da grelha de partida. A confirmação, por parte da Mercedes, é uma boa notícia para o campeão do Mundo que volta a contar com cinco grupos propulsores disponíveis para o conjunto de todas as provas da temporada.
O problema do motor tinha sido ao nível do MGU-H, o sistema que reaproveita a energia térmica dos gases de escape para a reconverter em energia eléctrica. No entanto, após análise detalhada, a Mercedes anunciou que o dispositivo não apresentou nenhuma falha grave, podendo ser reutilizado: «A unidade motriz em questão chegou a Brixworth às primeiras horas da passada quinta-feira, iniciando-se uma aprofundada investigação quanto às causas da falha. O MGU-H foi desmontado e o problema parece estar relacionado com o isolamento. O turbo será trocado, bem como as bombas de óleo, devido a terem sido encontrados detritos no sistema de óleo. Com estas reparações, este grupo propulsor continuará na contabilidade do piloto e viajará para Sochi como unidade sobressalente».
É raro uma equipa fazer um relatório tão pormenorizado de um problema, mas a Mercedes quer mostrar que a fiabilidade continua a ser qualidade do seu motor. Na China, Hamilton montou o segundo grupo propulsor do ano, aquele com que correrá na Rússia mas, pelos vistos, recuperou o primeiro para servir de reserva, acabando por reequilibrar as contas.
«Após a corrida, muita coisa me passou pela cabeça, como devem imaginar», comentou Hamilton. «Mas, ao fim de todos estes anos, a experiência ensinou-me a manter a calma e continuar a lutar. Já estive nesta situação algumas vezes e muitas coisas podem acontecer nas próximas 18 corridas. A adversidade faz parte do desporto e só nos une e torna mais fortes. Por isso, só posso estar confiante para os próximos fins-de-semana».