Muito se falava e agora a notícia é oficial: James Allison já não é director-técnico da Ferrari, tendo abandonado a Scuderia, segundo confirmação da própria equipa italiana. O engenheiro britânico tinha passado da Lotus para a Ferrari em 2013 e, no início deste ano, tinha visto mesmo o seu contrato prolongado até ao final de 2017.
Agora, ambas as partes põem um fim à relação profissional por mútuo acordo, com efeito imediato e com uma curta declaração de Maurizio Arrivabene: «A equipa gostaria de agradecer ao James pelo seu empenhamento e os seus sacrifícios e deseja-lhe as maiores felicidades e toda a serenidade para os seus projectos futuros».
Uma frase que diz tudo! A separação não está directamente relacionada com os resultados menos bons, em relação às expectativas do início da temporada, mas sim aos desenvolvimentos trágicos ocorridos na vida pessoal de James Allison que perdeu a mulher, vítima de meningite fulgurante, após o G.P. da Austrália. É natural que a direcção técnica da Ferrari tenha sofrido com o golpe devastador na vida pessoal do seu líder, para mais com três filhos muito jovens em Inglaterra.
Já se falava que Allison desejava passar cada vez mais tempo em casa, para acompanhar os filhos, e as constantes viagens entre Itália e o Reino Unido tornaram-se insuportáveis. É à luz de tudo isto que se compreende a mensagem de Arrivabene. Mas como Allison não poderá ficar sem trabalhar, fala-se que é muito possível que venha a integrar os quadros da Renault, voltando às instalações de Enstone que, aliás, ficam muito próximas da sua morada.
Para ocupara o seu lugar à frente da direcção técnica da Ferrari foi, para já, nomeado Mattia Binotto, engenheiro já com muitos anos de casa, embora quase sempre mais ligado à área dos motores. Nomeadamente desde 2009 quando se tornou responsável do motor e do KERS, antes de se tornar líder de operações do grupo propulsor, em 2014.