Engenheiros e mecânicos da Renault têm uma… «carga de trabalhos» à sua espera quando chegarem ao majestoso circuito de Xangai, no início da semana. Tendo o material utilizado em Melbourne sido transportado directamente para a cidade chinesa onde se realizará a segunda prova do Mundial, não houve possibilidade de levar os monolugares de volta à fábrica. Mas Jolyon Palmer pede-lhes que façam uma revisão profunda ao seu chassis, por se terem passado demasiadas coisas estranhas em Melbourne para que tudo esteja bem!
Nos treinos livres de sexta-feira, o britânico bateu com alguma violência à entrada da recta da meta, num incidente que pareceu ter algo mais que um simples erro de pilotagem. O R.S.17 teve uma reacção repentina que o piloto claramente não esperava e que já não conseguiu controlar. Aliás, na altura, Palmer correu para a «boxe» e para os seus engenheiros para consultar a telemetria, procurando perceber o que se passara… «Foi um acidente bastante violento», recordou. «Tivemos de trocar uma grande quantidade de componentes por peças novas para que o carro pudesse funcionar no resto do fim-de-semana».
Se no sábado o dia foi mais tranquilo, a verdade é que a diferença de «performance» para o outro Renault foi gigantesca… mesmo descontando a distância que possa haver entre os talentos de Hulkenberg e Palmer. Por fim, na corrida, o chassis revelou ainda um comportamento instável, antes de ter de abandonar por problemas de travões.
Jolyon Palmer saiu, contudo, de Melbourne convencido de que algo não estava bem no seu carro, daí lançar um apelo à sua equipa: «Antes de Xangai temos de examinar muito bem todo o chassis e assegurar-nos de que as várias partes do carro estão a funcionar correctamente. Mas estou certo de que a equipa fará um controlo muito aprofundado. Os nossos mecânicos são muito experientes, não tenho qualquer reparo a fazer. Vamos analisar tudo para termos a certeza de que poderemos correr nas melhores condições na China».