Tantas queixas houve quanto ao pouco ruído que os actuais grupos propulsores híbridos da Fórmula 1 fazem que a FIA inventou uma forma de os tornar um pouco mais estridentes para agradar, supostamente, ao grande público. E assim aumentar, de novo supostamente…, a popularidade da disciplina. A ideia passa por montar um segundo e até um terceiro escape(s) que só servem… para fazer barulho!
Desde a adopção destas novas motorizações que ficara determinada a existência de um único escape, com um posicionamento rigorosamente definido, para que os gases expelidos não pudessem ser usados para finalidades aerodinâmicas. Para 2016, segundo os regulamentos técnicos já aprovados pela FIA, deverão ser montados um ou até dois escapes suplementares ligados directamente à válvulas «wastegate».
A válvula «wastegate» serve, em termos simplistas, para controlar os gases que entram no turbo para serem comprimidos, enviando directamente para o escape a quantidade que estiver em excesso para um correcto funcionamento do turbocompressor. Ou seja, nem sempre a «wastegate» está em funcionamento mas, a partir de 2016, sempre que entrar em acção, esses gases em excesso serão expelidos pelo(s) escape(s) adicional(is), aumentando assim o ruído.
Segundo o regulamento, caso os fabricantes de motores optem por dois escapes adicionais eles terão de ter exactamente o mesmo diâmetro e que deverá estar entre 45 e 55 mm, enquanto o do escape principal pode estar entre os 98 e os 133,5 mm. Quanto à sua localização, o regulamento especifica-a com rigidez, de forma a impedir que os técnicos procurem explorar essas novas saídas de gás em benefício da aerodinâmica. Além de provocar maior ruído – teoricamente, dado que esta medida nunca foi testada na prática… –, este escape extra não terá qualquer influência no rendimento dos motores. Mas deverá alegrar alguns tímpanos…