Niki Lauda defende o domínio da Mercedes e considera que não é a equipa que tem de se preocupar com a «saúde emocional» da Fórmula 1. «Não estou aqui para tratar de políticas, a única coisa que tenho de fazer é, em conjunto com o Toto [Wolff], pôr a equipa a funcionar da forma mais profissional possível. Ganhar o raio das corridas todas, é para isso que aqui estou, quanto ao resto não quero saber».
O presidente não-executivo da equipa Mercedes não considera ser sua função estar a pensar no que pode tornar as corridas mais emocionantes, numa altura em que a F1 é alvo de críticas quanto à sua previsibilidade desportiva: desde que se iniciou a era dos V6 turbo híbridos, a marca alemã ganhou 22 dos 26 Grandes Prémios realizados; e o último, no Canadá, terminou com os seus dois carros mais de 40 s à frente do 3.º.
Mas esse não é, claramente, um problema para Lauda resolver… E mesmo quando se pergunta se não deveria ser a Mercedes a liderar as mudanças, o tricampeão do Mundo austríaco tem a resposta na ponta da língua, virando-se até para os seus compatriotas que receberão a próxima prova do Mundial: «Nós lideramos o desporto, ganhamos corridas para todos verem. Vejam os canadianos – este ano houve mais 12% de pessoas a verem o que dizem ser um desporto aborrecido e sem ruído. Devem ser loucos os canadianos… Então o que eu disse a uma televisão austríaca foi ‘seus austríacos loucos, pensem como os canadianos e encham o nosso circuito!».