Em vésperas do G.P. de Itália, Lewis Hamilton deu uma interessante entrevista ao diário desporto «Gazzetta dello Sport» em que fez algumas revelações curiosas, entre as quais algumas abordagens, ainda que ligeiras, da Ferrari. Mas às quais respondeu sempre que Ferrari gostava mesmo… era dos carros de estrada. De tal forma que ainda no início deste ano comprou o modelo «mais mais mais» da marca italiana, o hiperdesportivo LaFerrari!
«Sempre tive imensos contactos com a Ferrari mas… só porque gosto muito dos seus carros de estrada!», brincou o campeão do Mundo, antes de falar um pouco mais a sério: «De corridas falei algumas vezes com o Stefano Domenicalli [ex-director desportivo da Scuderia], mas nunca houve propriamente negociações sérias. Sinto-me muito bem na Mercedes e não quero mudar. Sabe, sempre adorei o Senna que se tornou um ídolo sem nunca ter guiado para a Ferrari».
Desafiado a opinar sobre os seus adversários, jogo à defesa… «Não gosto muito de falar dos meus colegas… Vettel? Bem, ganhou quatro Mundiais, é consistente e um líder. Alonso? É um dos mais fortes mas não quero fazer juízos de valor quanto à sua escolha de volta à McLaren». Já em relação a Rosberg foi mais aberto: «O Nico continua a pilotar muito bem, ele não piorou em nada, eu é que cresci em muitas áreas!».
Hamilton já revelou que Monza é uma das suas pistas favoritas, pelo desafio da velocidade e de guiar um carro que, pelo baixo apoio aerodinâmico, está sempre nos limites da aderência. «É um circuito fascinante em que não há nenhum piloto que não queira vencer!».
Esta será a segunda ida à «catedral da velocidade» este ano, depois de ali ter estado para fazer um filme com Sir Stirling Moss e os Mercedes de 1955, onde guiou no famoso anel de velocidade. Algo que o marcou visivelmente: «Quando penso que, naquela altura, se guiava sem protecções, sem cintos de segurança e em cada acidente o piloto era projectado do carro, é justo sublinhar a felicidade que me dá poder correr nesta F1 moderna tão mais segura!».
E Hamilton não fala neste assunto por uma questão de… medo que é palavra que diz não fazer parte do seu léxico: «Nas corridas nunca senti medo. Há certas curvas que são consideradas perigosas, mas cabe ao piloto avaliar o risco a manter-se dentro dos limites. Se o conseguimos, no final tudo se mantém controlável», concluiu o campeão do Mundo à «Gazzetta dello Sport».